Tarso Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Após ter publicado, no Jornal do Comércio de 19 de dezembro, um artigo sobre a ação equivocada de criminalização dos pecuaristas gaúchos, acusados de crueldade com os animais pela exportação de gado em pé para o exterior por ativistas como a deputada Regina Becker, a ilustre deputada se manifestou. É oportuno que esse debate seja travado, mas lamento que, outra vez, a parlamentar tenha optado pela desinformação sentimentalista, que presta um desserviço ao Rio Grande na discussão desse tema complexo, com implicações sociais e econômicas.
Diz a deputada que defende os animais desde quando, com seis anos, soltava o gado das mangueiras da propriedade de seu pai, dono de frigorífico. Talvez esteja na sua origem a explicação para esta postura que, ao final das contas, defende os interesses da indústria frigorífica contra a melhora da remuneração do pecuarista, e contra a manutenção de empregos vitais para famílias inteiras que vivem do campo e comemoram quando o gado é vendido a bom preço. Tudo isso gera riqueza, anima o comércio, e ajuda no sustento de crianças como um dia ela foi, brincando de justiceira nos campos de Novo Hamburgo.
Acontece que a ilustre deputada não tem mais seis anos. As mangueiras em que a deputada está brincando hoje são de centenas de pecuaristas gaúchos, cujo incremento da renda movimenta cidades inteiras, obedece a normas severas de proteção animal e ajuda a trazer divisas para o país e o Estado, além de contribuir para o combate a um mal que parece não sensibilizar a deputada: a fome no planeta. O Brasil, campeão na produção de proteína animal no mundo, é o único país com condições de oferecer carne de qualidade e acabar com um dos principais focos de tensão social e guerras. Mas para a ilustre parlamentar, a sobrevivência de seres humanos é um detalhe diante da crueldade de embarcar gado em pé. Como se o destino final do gado, vivo ou não, fosse diferente do abate.
Cá na Fronteira, chamamos de “vivo” o sujeito esperto, que sabe sempre se dar bem. A exportação de gado vivo virou palanque para alguns muito “vivos”, ambientalistas e políticos, fazerem sua graça às custas do produtor. Sim, deputada, a senhora não está sozinha: organizações poderosas, subservientes a interesses dos principais concorrentes internacionais da carne gaúcha, apóiam esta ação. Por outro lado, também não estamos sós. Queremos exportar com respeito ao bem estar animal, e assim o faremos. Não somos criminosos. E estamos na luta.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel
Vice Presidente da Farsul
Após ter publicado, no Jornal do Comércio de 19 de dezembro, um artigo sobre a ação equivocada de criminalização dos pecuaristas gaúchos, acusados de crueldade com os animais pela exportação de gado em pé para o exterior por ativistas como a deputada Regina Becker, a ilustre deputada se manifestou. É oportuno que esse debate seja travado, mas lamento que, outra vez, a parlamentar tenha optado pela desinformação sentimentalista, que presta um desserviço ao Rio Grande na discussão desse tema complexo, com implicações sociais e econômicas.
Diz a deputada que defende os animais desde quando, com seis anos, soltava o gado das mangueiras da propriedade de seu pai, dono de frigorífico. Talvez esteja na sua origem a explicação para esta postura que, ao final das contas, defende os interesses da indústria frigorífica contra a melhora da remuneração do pecuarista, e contra a manutenção de empregos vitais para famílias inteiras que vivem do campo e comemoram quando o gado é vendido a bom preço. Tudo isso gera riqueza, anima o comércio, e ajuda no sustento de crianças como um dia ela foi, brincando de justiceira nos campos de Novo Hamburgo.
Acontece que a ilustre deputada não tem mais seis anos. As mangueiras em que a deputada está brincando hoje são de centenas de pecuaristas gaúchos, cujo incremento da renda movimenta cidades inteiras, obedece a normas severas de proteção animal e ajuda a trazer divisas para o país e o Estado, além de contribuir para o combate a um mal que parece não sensibilizar a deputada: a fome no planeta. O Brasil, campeão na produção de proteína animal no mundo, é o único país com condições de oferecer carne de qualidade e acabar com um dos principais focos de tensão social e guerras. Mas para a ilustre parlamentar, a sobrevivência de seres humanos é um detalhe diante da crueldade de embarcar gado em pé. Como se o destino final do gado, vivo ou não, fosse diferente do abate.
Cá na Fronteira, chamamos de “vivo” o sujeito esperto, que sabe sempre se dar bem. A exportação de gado vivo virou palanque para alguns muito “vivos”, ambientalistas e políticos, fazerem sua graça às custas do produtor. Sim, deputada, a senhora não está sozinha: organizações poderosas, subservientes a interesses dos principais concorrentes internacionais da carne gaúcha, apóiam esta ação. Por outro lado, também não estamos sós. Queremos exportar com respeito ao bem estar animal, e assim o faremos. Não somos criminosos. E estamos na luta.