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Alunos da Escola Fernando Abbott protestaram em apoio aos professores da rede estadual de ensino, contra a desvalorização do ensino público |
Na manhã desta quinta-feira, 21, alunos da Escola Estadual Dr. Fernando Abbott, realizaram protestos em apoio aos professores estaduais e inconformados com o parcelamento dos salários e do 13º do magistério estadual, durante a manhã. O protesto teve apoio de alguns professores e gerou também controvérsia com a direção da Escola, porque a mesma não aderiu a paralisação.
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Alunos relataram que ato não teria tido apoio da Escola, mas que seguiriam mobilizados pelos professores |
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Diretora argumentou que professores do educandário não quiseram aderir a greve, mas que respeita mobilização dos alunos |
Os estudantes fizeram mobilização com cartazes e vestidos de preto. Segundo uma das organizadoras, a aluna Vivian Rosa, este ato é em apoio a todos os professores. "O que o Governo Estadual está fazendo é desumano, como é que os professores vão viver com apenas 350 reais, com suas obrigações para pagar? Assim, vão ficar desestimulados e a gente acaba sendo afetado com isso", afirmou.
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No dia 20 de setembro, professores desfilaram em silêncio contra a situação difícil da educação gaúcha |
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Além de professores, funcionários públicos estaduais desfilaram em solidariedade ao difícil momento |
Os alunos relataram também que a diretora da Escola, Solange Copês, teria feito restrições ao manifesto, inclusive chamando a Polícia, que recuou ao ver que os alunos estavam protestando em prol do funcionalismo. Ela informou que não era bem assim. "A escola mantém as atividades, pois apenas 4 professores estão com as atividades paralisadas e os demais optaram por seguir normalmente as aulas. Achamos legítimo o direito dos alunos de se manifestarem, desde que não interfiram nas atividades da escola", justificou. Os professores contratados seguem trabalhando também, mas declararam apoio ao manifesto dos alunos.
No município, seis escolas estão em greve: XV de Novembro, Marques Luz, Sueni Goulart, Celestino Cavalheiro, João Pedro Nunes (Poli) e Menna Barreto, por tempo indeterminado. Estas quatro últimas aderiram a greve nesta semana e não retornarão as atividades até que o Governo cesse o parcelamento dos salários.
Neste feriado de 20 de setembro, os professores fizeram uma passeata silenciosa em protesto pela difícil situação que vivenciam com a desvalorização da educação gaúcha, juntamente com funcionários de demais categorias do serviço público gaúcho.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 20/09/2017 16h52
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