Obras do Theatro Harmonia estão paradas por que falta desapropriação para construção de caixa d'água. Briga pode ter contribuído para o atraso |
Briga pessoal teria causado o problema
No final do ano passado, Jenny deixou a presidência do Instituto. Fontes deram conta de que ela estaria "cansada" de entraves burocráticos que teriam surgido para a continuidade do projeto. Para completar, ela disse que não participaria mais das atividades envolvendo a obra, o que motivou a preocupação de muitos na comunidade. Em 17 de março, a Comissão formada na Câmara de Vereadores - além de Caio, composta pelos vereadores Karen Lannes (Solidariedade), Néca Bragança (Rede), Sildo Cabreira (PDT) e Sandra Xarão (PT) - ouviu Jenny a respeito.
Jenny disse os motivos de sua saída das obras do Teatro, onde relatou uma "implicância" do Secretário de Obras |
Outro motivo foi que a Prefeitura não desapropriou ainda uma área para a construção de duas caixas d'água de 20 mil litros, para atender exigências do Corpo de Bombeiros. Ela disse ainda que com estas burocracias, a obra foi atrasando e passou o prazo que ela teria para continuar a restauração. "Se é para sair, eu saio, vou seguir minha vida", disse, em depoimento à Comissão. Ela ainda disse que terminou sua gestão e passou ao novo presidente, Sérgio Amann, onde Jenny recomendou que os vereadores buscassem mais explicações.
Em reunião, suspeita de briga pessoal se fortalece
A Comissão teve um novo encontro em 23 de março, agora com o Presidente do Instituto Harmonia, Sérgio Amann e a arquiteta responsável, Berenice Acosta, onde ficaram mais claros os motivos do impasse que paralisaram as obras. O Presidente disse que realmente, houve uma briga pessoal entre Jenny e Felipe Abib por questões relativas ao patrimônio.
Na última semana, a direção do Instituto revelou o que estava acontecendo e como está o processo |
Os Planos de Prevenção e Combate a Incêndios estão devidamente aprovados pelos Bombeiros, bastando o município realizar a desapropriação, que ainda não ocorreu. Berenice salienta que o Teatro, assim que concluído, será um espaço multiuso, climatizado e com assentos removíveis para eventos diversos. Mas com estes problemas, a obra pode atrasar mais dois anos.
A Comissão terá audiência nos próximos dias com o Prefeito Roque Montagner, para buscar o fim do impasse. "Todos os vereadores adiantaram que estão apoiando as ações da Comissão, para que esta importante obra não atrase mais, é a comunidade que perde com isso", salienta a Presidente do Legislativo, Karen Lannes.
O que diz a Prefeitura a respeito?
Tentamos contato com a Prefeitura para saber uma posição a respeito de liberação das obras do Teatro na última semana por email, para a Comunicação Social da Prefeitura, o que não foi respondido até então. O Secretário Felipe Abib se licenciou do cargo para concorrer às eleições deste ano.
* O objetivo desta reportagem é acima de qualquer interesse político, mas de que um patrimônio da comunidade tenha seu resgate concluído e que rixas políticas não comprometam isso. São Gabriel precisa de um lugar cultural para realizar eventos, trazer o cinema de volta e outras ações culturais e não pode ser comprometido por interesses ou vaidades. Este é o nosso posicionamento.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 30/03/2016 16h57
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