Alexandre Cruz
Colunista do blog
Perdão de Tony Blair
Tony Blair pediu perdão, mas não disse a verdade. A invasão do Iraque não foi fruto de um erro, e sim uma decisão de ocupar um espaço estratégico e de grande valor petrolífero para controlar a região e começar a reescrever a história. A existência de armas de destruição massiva não foi uma informação equivocada, foi uma informação falsa, uma justificativa inventada para explicar uma intervenção decidida de antemão. Foi uma decisão política criminal e ademais, um fracasso de dimensões colossais. Centenas, milhares de mortos e desaparecidos, um Estado destruído e como herança o auge do yihadismo, um impulso de valor incalculável ao chamado Estado islâmico, a grande ameaça do nosso tempo.
Tony Blair pediu perdão agora, doze anos depois, em razão que está a ponto de finalizar a investigação que irá esclarecer tudo, enquanto o terceiro do trio dos Azores, o puxa saco do Bush, não somente não pede perdão por ter copatrocinado aquele atropelo, como se sente orgulhoso. Nunca esteve a par de que sua relação com Bush não parou de fazer ridículo. O terceiro, quem não sabe e o que faz ridículo é o José Maria Aznar, ex-Primeiro Ministro da Espanha.