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11 setembro 2015

Coluna do Alexandre Cruz

Alexandre Cruz
Colunista do blog

Traje da nova política
Nesse último verão europeu ocorreu uma bomba informativa quando o jornal sensacionalista The Sun publicou uma foto do início do século XX na qual a rainha da Inglaterra à época, Isabel II, realiza uma saudação nazista enquanto seu filho Edward, o futuro rei Edward VIII, ensina sua sobrinha Elizabeth a fazer o mesmo. A imagem procedia de um filme caseiro desconhecido de 17 segundos, até então desconhecido e rodado em 1933. A notícia desatou a ira da casa real britânica, que fez recordar que em 1933, a rainha Isabel tinha apenas sete anos e não era consciente do significado do seu gesto. Bem como, naquele ano, Hitler chegava ao poder e “ninguém sabia como iriam evolucionar os acontecimentos”. O jornal defendeu que a imagem possuía “uma grande importância histórica”. Talvez, o periódico inglês exagere, mas esse tipo de notícia é qualquer coisa, menos irrelevante e também menos infrequente. Dois anos atrás, foram publicados diários de uma viagem realizada por John F. Kennedy através da Alemanha nazista e graças a eles nos informamos do atrativo ideológico que Hitler exerceu sobre o futuro presidente dos Estados Unidos que com seus 20 anos, considerava que o nazismo era a melhor solução política para a Alemanha.


A imagem da rainha Isabel realizando a saudação nazista, além de Eduardo VIII, que reinou a Inglaterra no período em 1936 demonstra que ele não foi só um admirador de Hitler, e sim que em 1940 chegou a dar informações secretas aos alemães sobre a preparação dos aliados à uma resposta bélica numa hipotética invasão de Bélgica pelas tropas de Hitler e então o ministro inglês Churchill o enviou  para o Caribe. E não só uma boa parte do Reino Unido tinha simpatia pelo líder nazista como também a família Kennedy. Isso demonstra que Hitler fascinou meia Europa, ou melhor, meio mundo. Indispensável recordar. Quando o passado não nos deixa confortável, se tem a tendência a esconder ou fazer maquiagem.

Algum tempo escutamos no Brasil, o fim da velha política e o princípio da nova, porém ninguém esclarece em que consiste essa nova política. Mas que seja bem-vinda, sempre que seja melhor que a velha. E não é sempre assim, nos anos trinta não foi assim, então, a velha política tinha poeira e era ineficiente com lentas reformas, enquanto a nova política era o nazismo ou o fascismo, que possuíam uma irresistível sugestão jovial de modernidade e cujos líderes arrebatavam as massas com seu carisma e discursos épicos e emotivos. Motivavam a população com  promessas de acabar com o gradualismo resignado, corrupto e burguês e trazer um futuro radiante. Não estou dizendo com isso que se deva estar contra a nova política; estou afirmando que é estúpido estar a seu favor só porque é nova. Há que está porque seja boa ou, ao menos, porque é melhor que a velha.

Também estou dizendo outra coisa. Quando o passado não é confortável, a tendência é escondê-lo ou ignorá-lo ou realizar maquiagem. O que digo que a verdade não gostamos, que gostamos são das mentiras. Exemplo é a última eleição no Rio Grande do Sul, em que José Ivo Sartori escondia o seu partido, o PMDB e dizia que o seu partido era o  Rio Grande. Insistia para o candidato governista Tarso Genro em não olhar para o retrovisor. Sartori se colocava como a nova política. Ele maquiava as administrações do PMDB no passado. Também estou dizendo outra coisa: essa cegueira, essa rejeição do eleitor de enfrentar a realidade, deixa a nossa sociedade inerte e vulnerável à fascinação de palavras sentimentais, enganados por uma grande mídia embusteira que vende paraísos que se transformam num verdadeiro inferno como o que a sociedade gaúcha está sofrendo atualmente, seja pelo desmantelamento do Estado, seja pelos servidores públicos pedindo esmola de empréstimos, pois os seus salários estão parcelados, e a violência assustando pessoas e empresas. Essa nova política, que na verdade, tem um traje bem velho está sempre ai em cada eleição e parece que nos encanta sermos enganados.



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