| Com Câmara lotada, governistas e servidores municipais acompanharam sessão dessa quinta-feira | 
A sessão da Câmara de Vereadores - a segunda realizada à noite, desde a mudança do horário - prometia grandes embates e pressão por parte do Governo Municipal para a aprovação de projeto de lei que estabelecia concurso público para o Estratégia Saúde da Família (ESF) e outros cargos. Mas do outro lado, os Servidores Públicos Municipais também vieram "trancar o pé" por reajustes dignos e também pelo Pagamento do Piso Salarial do Magistério, que há nove meses não é pago pelo Governo Roque Montagner.
Os governistas iriam lotar a Câmara para pressionar os vereadores, mas a estratégia não deu certo: servidores municipais que exigem o Plano de Carreira também tomaram conta da platéia da Casa Legislativa. Por medida de segurança, o Presidente da Câmara, Antônio Devair Moreira (Beka), limitou a lotação da Casa, o que gerou protestos de apoiadores do Governo petista que não conseguiram entrar - visto que havia ocorrido tumulto em outras vezes. Dentro da Casa, faixas de protesto dos servidores públicos tomaram conta das paredes.
| Faixas com mensagens de protesto dos servidores municipais tomaram conta das paredes da casa: recado foi claro | 
Na sessão, o projeto de lei nº 88 acabou tendo sua votação adiada devido à erros em sua constituição apontados pela bancada de oposição e que foram devolvidos pela Câmara ao Executivo para que pudesse corrigi-los, o que foi feito durante a sessão por meio de uma emenda retificativa. A votação deverá ocorrer na próxima sessão. A vereadora Sandra Xarão (PT) defendeu fervorosamente a aprovação do projeto, "porque a comunidade pede o concurso e a saúde depende disso", implorou.
O vereador Vagner Aloy (PDT) salientou que irá votar a favor do ESF, mas questionou como a Prefeitura fará concurso com os problemas que andam ocorrendo na saúde e a alegada crise financeira que impede por exemplo, o pagamento do Piso Salarial do Magistério aos professores e a retirada de conquistas como o vale-alimentação, entre outros. Os vereadores da bancada de oposição bateram firmemente nestas questões. A sessão teve momentos de tensão, mas todos contornados.
A tentativa de pressão dos governistas foi frustrada por enquanto, e os servidores não vão parar a mobilização. Está prevista uma paralisação para o próximo dia 14 de setembro, véspera de reunião com o Ministério Público em Santa Maria para ação que pode obrigar a Prefeitura a pagar o reajuste de 13,01% que está suspenso desde janeiro. Vamos aguardar novos capítulos!












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