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14 agosto 2015

Coluna do Alexandre Cruz

Alexandre Cruz
Colunista do blog

Reflexões do Poder Político
Se comenta e com frequência, que a política está em crise, mas esse juízo, me parece muito benévolo. Creio que seria mais acertado (em) dizer, que a política atualmente está ausente das instituições públicas.  O Congresso Nacional se transformou num cenário vazio, os partidos são tele dirigidos desde as cúpulas, ou seja, as próprias instituições estão sequestradas pelo poder e não pelo debate político. 


A política foge do político e se refugia no espetáculo, onde o debate é substituído pela atuação. As informações que vazam no jornalismo deslocaram-se  para a ideologia. E é nesse domínio midiático onde tem se dirimido as últimas instâncias da luta do poder. Qualquer um que escute Aécio Neves (PSDB), Eduardo Cunha (PMDB), ou Renan Calheiros (PMDB) pode se dar  conta da degradação, da banalização de um discurso político que soa puramente vazio e descomprometido.

Já dizia o sociólogo Karl Mannheim: “a linguagem política é a pura legitimação do dominante, com sublimação de interesses, uma superestrutura que falseia as contradições de um determinado processo. O discurso político se voltou essencialmente esquizofrênico porque se afastou da realidade. Apela a idéias e conceitos vazios ao imaginário cuja força simbólica desapareceu há muitos anos. É essencialmente um sentimento edipiano no sentido freudiano do termo.” O político se vai pela porta de trás do Parlamento e dos partidos, mas reaparece de maneira subliminar na mídia, terreno de jogo onde media o poder. Essa separação esquizofrênica, entre o político e o poder, o discurso e o desejo, a palavra e a ação, marcam o espírito do nosso tempo, em que o verdadeiro é só um momento do falso.

E seguindo a metáfora de Giles Deleuze, a política funciona como produção de desejo que não pode satisfazer  no seu âmbito e se refugia no campo da representação. Ali o desejo é livre de materializar-se em qualquer imagem. O filosofo Deleuze descrevia o seu anti Édipo à  natureza esquizofrênica de um capitalismo em que o abstrato – o dinheiro e o poder – produzem uma frustração de desejo. O mesmo esquema é aplicado a uma política que frustra qualquer discurso ideológico e transporta esse âmbito da representação e do midiático.

Paradoxalmente, a única maneira de compreender hoje o mundo com as suas chaves políticas, é decifrar a linguagem da representação, onde se oculta a lógica do poder. Observemos o espetáculo e veremos que a política reaparece com a máscara dos seus atores.


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