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| Balbo falou que por sua parte, foi tudo feito dentro da lei e que sucessores cometeram erros graves |
Na prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Doação, o ex-prefeito Balbo Teixeira, do PSB, se manifestou sobre a questão da doação do terreno para a instalação da Apicultura Jobim, na manhã de segunda-feira, 1º de junho. Balbo, que disse estar pronto para ser ouvido pela CPI após a licença médica e que foi quem iniciou o processo para que a Jobim se instalasse no local situado próximo à BR-290, disse que foi bem claro sobre a doação: que se ela não cumprisse a finalidade, que o terreno deveria ser devolvido à Prefeitura e que os seus sucessores erraram nos acontecimentos posteriores.
Inicialmente, a sessão ouviria também Rogério Estrázulas, representante da SN Estrázulas e o ex-secretário de Obras em 2009, Benedito Franco (Didito), mas ambos não compareceram por compromissos assumidos. Este último se dispôs a ser ouvido nos próximos dias. Já Rogério disse que apenas foi o procurador de seu pai, Sílvio Estrázulas, na negociação do terreno com a Jobim. A vereadora Sandra Xarão (PT) diz que quer ouvir Didito por conta dele ter sido o titular da pasta na época da doação.
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| O ex-prefeito respondeu a todas às perguntas dos integrantes da Comissão na manhã de hoje |
Balbo prestou esclarecimentos à comissão com tranquilidade e responsabilizou seus sucessores - o ex-prefeito Rossano Gonçalves e o atual prefeito, Roque Montagner - pelos erros cometidos. "Nós fizemos a doação condicionada ao comprometimento assumido pela empresa para que gerasse empregos e renda, sob pena da retrocessão para o município. E não se concretizou, é o que faríamos de acordo com a lei", dizendo ainda que o Poder Legislativo poderia ter inserido uma cláusula de retrocessão quando da prorrogação do prazo pelo ex-prefeito Rossano Gonçalves, que concedeu mais 30 meses para a empresa se instalar e efetivar a obra, que foi o que não aconteceu por alegações de falta de calçamento na Rua Noruega, no Bairro Jardim Europa.
O ex-prefeito ainda afirmou que ambos erraram. "Não posso falar em nome deles, mas ambos cometeram erros. Um, por ter feito a doação e o outro por ter anuído uma venda e inserido declaração de que a empresa teria cumprido todas as condições", chamando a atenção de que a Câmara e o Poder Judiciário tem que apurar as responsabilidades. "Se houverem irregularidades, tem que ser responsabilizados quem as cometeu de fato. O terreno continua sendo parte do município porque as leis não foram cumpridas", salientando que pode ter cometido erros que custaram a continuidade de suas gestões, mas "nunca foi responsabilizado por improbidade administrativa", concluiu. Balbo respondeu a todos os questionamentos dos vereadores da Comissão.
Agora a CPI fará mais duas sessões, na terça e quarta-feira, além de tentar ouvir o ex-secretário Didito. A previsão é de que o Relatório Final seja apresentado na segunda-feira, 8 de junho, na Câmara de Vereadores.
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