Edson Jobim depôs na CPI da Doação na manhã de quinta-feira, na Câmara de Vereadores |
A CPI da Doação, que está investigando o papel do Executivo na venda de um imóvel situado nas proximidades da BR-290, ouviu um dos principais envolvidos no caso na manhã de quinta-feira (7). O proprietário da Apicultura Jobim, Edson Veiga Jobim falou sobre a questão da negociação com a SN Estrázulas e que esta foi feita por que não teria como se estabelecer com sua empresa pela falta de asfaltamento da Rua Noruega, onde está o prédio e por que o prazo para entregar produtos para clientes chineses iria se esgotar.
O depoimento, realizado no Plenário da Câmara perante a Comissão - formada pelos vereadores Paulo Sérgio Barros (Nenê, PDT, presidente), Cilon Lisoski (relator, PR), Marcos Vieira (PSDB, secretário), Sandra Xarão (PT) e Néca Bragança (PSB), se ateve na questão técnica. Jobim disse que solicitou as renovações e fez as construções para que pudesse conseguir os licenciamentos do Ministério da Agricultura, em face da burocracia que estes processos levam. Porém, ele não pode instalar o empreendimento no local porque o Ministério exigia uma via asfaltada para emissão do selo do SIF, o que teria sido prometido pelos ex-prefeitos que passaram e também pelo atual, Roque Montagner (PT).
A iniciativa da devolução foi do próprio Jobim, que comunicou Montagner em uma reunião ocorrida na Santa Casa, porém não soube precisar quando ocorreu. Ele também confirmou que o Prefeito compareceu para assinar a escrituração da venda do imóvel, mas que o mesmo já estava incluído no patrimônio da Apicultura, por isso a venda teria sido legal. Ele ainda disse que com o recurso da venda, pode fazer as adequações necessárias para exportação de mel na sede original, situada no Condomínio Industrial. Jobim se absteve de outras questões por conta que não "quis entrar na seara política", pontuou. Sobre a negociação, Jobim afirmou que não havia cláusula restritiva ou que remetesse a geração de empregos. O vereador e relator Cilon Lisoski (PR) questionou que nas leis feitas pelos ex-prefeitos, haveria esta condição.
O próximo depoimento da CPI deverá ser de outro "alvo" das investigações, o Prefeito Roque Montagner, provavelmente no dia 19 de maio, terça-feira, a partir das 9h30. Faltaria ouvir o ex-prefeito Balbo Teixeira, que está afastado por 30 dias por licença médica.