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| Professores seguem pressão sobre o Prefeito Sérgio Coradini pela aprovação do Plano de Carreira em Vila Nova do Sul (foto divulgação) |
Nesta semana os professores municipais de Vila Nova do Sul paralisaram novamente suas atividades; nos dias 31 de março, 1 e 2 de abril os alunos da Rede Municipal de Ensino foram dispensados das aulas devido a paralização da categoria. Os professores permaneceram reunidos na Escola Maria Pereira Teixeira, discutiram as pautas dos magistério, e não descartam a possibilidade de greve a partir da próxima semana.
Nesta quinta-feira (2) os professores realizaram uma reunião pedagógica na Escola Maria Pereira, os professores Giovane Jardim (presidente do Conselho Municipal de Educação) e César de Oliveira (presidente da Comissão de Negociação) representaram os professores participando de um diálogo com a comunidade através da rádio Pampeana, deram entrevista para o grupo RBS, e dialogaram com a administração municipal que na quarta-feira (01) foram a Porto Alegre para receber a análise técnica e financeira da DPM (Delegação das Prefeituras Municipais) sobre o Plano de Carreira do Magistério Municipal.
Segundo Giovane Jardim, que presidiu a comissão de elaboração do Plano, “o que indigna a categoria é a falta de diálogo entre a própria administração municipal; o prefeito garantiu (inclusive em fala a rádio Gaúcha, nesta quinta-feira) que o impacto financeiro foi aprovado pela DPM, o mesmo garante o secretário de Administração do Município, Dr. Alaor Souza Raymundo; entretanto, tudo tem esbarrado na não concordância da secretária de Educação e ex-esposa do prefeito, professora Simone Coradini que, porsua vez, aponta para a inviabilidade do mesmo.”
Ainda nesta manhã, às 11h45, os professores realizaram com o apoio da comunidade local e da brigada militar, uma caminhada da Cooperativa Cotrisel até a Prefeitura Municipal; a caminhada foi um pedido de respeito a categoria, de melhoria na educação, e principalmente, de envio do plano de carreira a Câmara Municipal.
Ao chegarem na Prefeitura os professores foram recebidos pelo Prefeito Sergio Coradini, que em meio a vaias e manifestações, garantiu o envio do mesmo a Câmara; o prefeito combinou uma nova reunião, na terça-feira, dia 7, para tratar da questão com representantes da Comissão de Elaboração e Atualização do Plano de Carreira, instituída por ele em 19 de março de 2014. Após esta reunião os professores realizaram, na quarta-feira (dia 08) uma Assembleia Geral e não é descartada a possibilidade de Greve por tempo indeterminado.
Ainda segundo Jardim, (em entrevista à Rádio Local) “Os professores estão exercendo sua cidadania, lutando por seus direitos e pela melhoria da educação no município; embora as paralisações (e até mesmo a greve) signifique, por um lado, prejuízos a comunidade escolar, por outro lado pode ser muito educativo pois, para quem busca uma educação reflexiva e crítica não ensina somente na sala de aula, mas em sua vida familiar e na integridade de sua atividade profissional; ensinar direitos também é lutar pelos mesmos, não aceitar falácias, incongruências entre administradores; a educação é um processo muito mais amplo que os 200 dias letivos; em um município como o nosso, cada professor é um formador de opinião, um mediador, um interlocutor da comunidade”.
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