Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou oficialmente a lista entregue pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que informava os políticos indiciados para investigação na Operação Lava-Jato. A listagem apontou muitos nomes, e de forma surpreendente, os deputados federais gaúchos do Partido Progressista (PP) foram citados e serão investigados sobre o envolvimento nas fraudes da Petrobrás. O Presidente do PP de São Gabriel, Márllon Maciel (foto), se manifestou sobre o assunto à reportagem do Caderno7 e declarou "surpresa" com a citação de vários parlamentares, muitos deles obtendo votação em São Gabriel.
"O PP de São Gabriel recebeu a notícia com surpresa, pois ninguém esperava os nomes de todos os parlamentares federais na lista", afirmou. O PP entende que esses fatos trazem um desgaste muito grande para o partido e podem, inclusive, provocar consequências eleitorais. “Isso acontece. São perdas políticas, mas são coisas recuperáveis. O que não se recupera é a perda de ética", afirmou o presidente Márllon Maciel, que reiterou que o PP de São Gabriel não tem absolutamente nada a ver com essa questão.
O presidente disse ainda que enviou uma orientação aos filiados para que não aceitem as provocações de adversários. "Os nossos adversários do PT insistem em posar como os paladinos da moralidade, mas sabemos que a realidade é bem diferente. Mas não vamos entrar nesse jogo baixo", finalizou.
Dos deputados do partido que foram indiciados, cinco deles tiveram votação em São Gabriel: Luiz Carlos Heinze, Afonso Hamm, Jerônimo Goergen, José Otávio Germano e Renato Molling, além de Vilson Covatti, que não concorreu na última eleição. A lista provocou uma verdadeira "grenalização" nas redes sociais, com adversários políticos saudando a nominação dos políticos nos indiciamentos. Cabe lembrar que é apenas a investigação de um suposto envolvimento dos parlamentares no esquema que ainda teve indiciados do PT, PMDB, PSDB e PTB.