Getúlio estava em um segundo mandato - o primeiro tinha sido de 1930 à 1945, no chamado "Estado Novo" - e tinha sido eleito pelo voto popular em 1950. Embora tivesse promovido muitas transformações e a criação de estatais como o BNDES e a Petrobrás, vinha enfrentando uma crise que se agravou com o atentado da Rua Tonolero, no Rio de Janeiro, onde em 5 de agosto de 1954, um atentado matou o major Rubens Vaz, da FAB e feriu Carlos Lacerda, jornalista e ex-deputado, que fazia forte oposição a Getúlio Vargas.
A situação se agravou porque o maior suspeito do crime foi Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do então presidente, e também por parte da imprensa e de militares. Ele chegou a pedir licenciamento no dia anterior. Na madrugada de 24 de agosto, data lembrada pelo martírio de São Bartolomeu, Getúlio deu fim à própria vida, causando comoção no país. ""À sanha de meus inimigos deixo o legado de minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer pelos humildes tudo aquilo que desejava... Saio da vida para entrar na história", teria escrito em sua carta-testamento, encerrando sua trajetória na vida.
Em São Gabriel, um monumento existe na Avenida que leva seu nome, a caminho do Bairro Bom Fim, com a reprodução da carta-testamento deixada na manhã que entristeceu o país.