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20 fevereiro 2014

Diário de Crônicas

Jéssica Pacheco
Colunista do blog

O mundo cresceu
E aí tu percebe que o mundo andou. Aquela menina que batia na porta do teu quarto para pedir a boneca – que já estava encerrada no armário – cresceu. Que o rapaz que chupava bico, hoje chuta bola. Que a frase ‘quando eu crescer’, virou ‘como queria voltar à infância’. E aí tu percebe que os segundos passam mais devagar durante a semana, pois não são apenas as aulas que te fazem ter rotina, mas o trabalho. E que o final de semana é muito mais curto e que domingo nem é tão ruim assim. Descobre o quanto é maravilhoso dormir mais cinco minutinhos, mas que é necessário cortar os legumes para o almoço estar pronto na hora.


E aí tu percebe que aqueles romances das telenovelas e dos filmes são um bando de farsas e vai desacreditando na expectativa de que os tombos te fazem evoluir, pois vive rebobinando uma fita chamada passado, que parece não ter fim.

Nessa constante busca pelo que ficou, e na ansiedade do que há por vir, nos perdemos na incessante angústia de não saber os porquês de tantos nãos que a vida nos dá. Nos pegamos com fé nos trocadilhos de ‘tudo tem seu tempo’, assim como cremos na frase ‘acontece na hora certa’. Mas, cadê? Onde está o nosso relógio? Será que esquecemos de verificar a bateria? Talvez seria o caso de trocar as pilhas.

Mas não, os ponteiros seguem andando em sentido horário. Parece que somos nós que escolhemos o caminho inverso. Que trilhamos na rota do de frente para trás. Não sei.

E aí tu percebe que vários casais deram certo e que todos os que te pareciam certos não passavam de loucos alucinados por uma pregação desconhecida. Percebe que os contos de fadas mentem e que reciprocidade virou sentimento de outro mundo. Começa a acreditar que está valendo mais apostar na loteria, do que nas pessoas.

E que triste. Que triste que se torna o mundo quando perdemos o tesão por rir sem motivo. Quando deixamos de lado a necessidade de abraçar, sem pensar que uma respiração fora do segundo esperado, pode estragar tudo. Que triste quando os elos se desfazem e os relacionamentos viram eternos joguinhos de sedução.

Já não me atrevo mencionar a palavra amor, tendo em vista que ela parece perdida em meio à hipocrisia humana. Mas ok, talvez essa minha falta de escrúpulos com as palavras logo deixe de ser áspera. Acho que só preciso de um banho de lua e de um piscar de olhares com as estrelas para voltar a acreditar que aquela garotinha que eu pensava que seria quando crescesse, enfim cresceu.

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