Jéssica Pacheco
Colunista do blog
Entre o sol e a chuva, há um arco íris
Eu estive pensando em como é voltar. Como se faz para retornar ao passado, ou de que maneira seria mais simples dizer sim ao futuro. Não sei. Definitivamente, perdi as contas de quantas regras quebrei e refiz no mesmo dia. Ou até mesmo de quantos pontos tive de dar nos joelhos, por sempre teimar pela mesma arte.
Acho que essa palavrinha chamada amor é uma espécie sempre em extinção, onde buscamos conhecer e fazer perpetuar, mas acabamos sentados em meio às desilusões até que a peça certa encaixe. E nesse jogo de vida e morte, sempre estamos propícios a perder. A perder tempo, ânimo e até um pouco de coragem. Somos postos à prova em todos os instantes e fraquejar significa ir com mais sede ao pote do que deveria.
Não sei bem ao certo. Andei meio perdida nas quebradas dos verbos. Agir ou esperar ação? Não sei. Talvez seja melhor esperar aquele ponteiro passar por ali mais uma quinhentas e noventa e três vezes. Eu só não sei se estou disposta a aguardar pelo dos segundos, minutos ou horas. Mas há de vir. Ah, sim!
Esse nosso mundo que nos cerca de crônicas poetizadas, cheias de uma riqueza chamada sentimentos, às vezes nos machuca. Nos faz cair em meio à multidão e nos deixa perplexos. Como assim todo mundo já seguiu a sua história e a minha ainda nem começou?
Pode ser que esse baú que está escondido atrás da linha que separa o horizonte bordado de um sol que nasce e dorme tenha as respostas. Mas, enquanto não tenho coragem de dar os primeiros passos, vou aguardando pela chuva, que logo mais me presenteia com o arco-íris.