![]() |
Padre Leonel Franca: gabrielense ilustre (foto EM Leonel Franca/divulgação) |
Nesta segunda-feira (6), é lembrado mais um aniversário de nascimento de um filho ilustre de São Gabriel. No dia 6 de janeiro de 1893, nascia Leonel Edgard da Silveira Franca, em São Gabriel, ou Padre Leonel Franca, como foi conhecido. Além do sacerdócio, o religioso foi conhecido também pela habilidade com as palavras e a dedicação ao magistério.
Ingressou na Companhia de Jesus (1908), aos quinze anos, iniciou o curso de letras (1910) no Colégio Anchieta e terminou sua formação religiosa em Roma cursando o triênio de filosofia na Universidade Gregoriana (1912-1915). Voltou ao Rio (1915) e iniciou o magistério no Colégio Santo Inácio, onde publicou seu primeiro livro, Noções de História da Filosofia (1918). Retornou a Roma (1920) para retomar seus estudos na mesma universidade e três anos depois, foi ordenado Sacerdote. Publicou seu primeiro grande livro: A Igreja, a Reforma e a Civilização (1923) e no ano seguinte doutorou-se em filosofia e teologia, em Oya na Espanha (1924), completando o último ano da formação jesuítica. De volta ao Brasil, ensinou aos estudantes jesuítas no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, até transferiu-se definitivamente para o Rio de Janeiro (1927), onde publicou suas obras mais importantes, O Divórcio e A Psicologia da Fé, e foi nomeado para o Conselho Nacional de Educação, do qual foi um dos fundadores (1931). Sua influência como ideólogo católico exerceu-se no magistério e na avultada obra, de grande repercussão.
Seus artigos, conferências e livros o fizeram uma figura nacional na confrontação ideológica da época. Além dos livros dos livros citados também foram importantes A igreja, a Reforma e a civilização (1922), Catolicismo e protestantismo (1933), A psicologia da fé (1934) e A crise do mundo moderno (1941) e também uma tradução do livro bíblico dos Salmos. Dedicou seus últimos anos de vida à fundação e consolidação da primeira universidade particular do país e no final do ano assumiu como primeiro reitor da recém-inaugurada Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a PUC-Rio (1940), a qual deu por lema Alis nil grave.
Exerceu o cargo até sua morte, no Rio de Janeiro, de insuficiência cardíaca crônica, três meses depois de receber o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. O falecimento foi em 3 de setembro de 1948. Seu pensamento polêmico tendeu sempre à unidade, à paz e à revelação do valor cultural do catolicismo. Conferencista erudito e polêmico, suas palestras representavam acontecimento intelectual de primeiro plano. Nessas ocasiões levava a auditórios lotados figuras ilustres como Epitácio Pessoa, Alceu Amoroso Lima, Sobral Pinto e Murilo Mendes.
Nomeada em sua honra, a Fundação Padre Leonel Franca foi criada (1983) com a missão de gerir projetos e programas de interesse da sociedade, em sintonia com os propósitos da PUC-Rio, uma instituição autônoma, sem fins lucrativos, vinculada à universidade e credenciada junto a diversos órgãos de fomento à pesquisa, articulando convênios, celebrando contratos e coordenando a gestão de projetos de relevantes importância técnica, científica e sócio-cultural e sediada no próprio campus da PUC-Rio.
As lembranças de Leonel Franca em sua terra natal estão contidas na Rua que fica entre a Coronel Sezefredo e a Barão de São Gabriel (a Rua do Salão Paroquial) e o Grêmio Estudantil da Escola Estadual XV de Novembro, hoje desativado. E a lembrança é feita pelo blog para que não esqueçamos de nossa história.
(com dados do site da Universidade Federal de Campina Grande)