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17 setembro 2013

Opinião do leitor - Rede Globo e 1964: arrependimento ou conveniência?

Tarso Francisco Pires Teixeira
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel

Em sua edição de 31 de agosto de 2013, o jornal “O Globo”, veículo pioneiro das Organizações Globo, surpreendeu o país ao publicar o editorial (opinião oficial do jornal) “Apoio Editorial ao Golpe de 1964 foi um Erro”, onde revê uma postura de mais de cinco décadas sobre seu apoio ao regime militar – apoio que, diga-se de passagem, foi fartamente recompensado nas décadas posteriores, quando a família Marinho deixou de ser a proprietária de apenas um grande jornal para ganhar concessões de rádio e TV por todo o país.


Apesar de afirmarem que esta nova posição é fruto de uma reflexão interna de muitos anos, fica difícil crer que a decisão de torná-la pública não tem relação alguma com as recentes manifestações civis, em que a Globo tem sido alvo freqüente da indignação popular. E mais uma vez, ao sucumbir a uma visão ideologicamente comprometida dos fatos, presta um desserviço à história e à democracia, que hoje, tão tardiamente, afirma defender.

Qualquer historiador minimamente honesto ensina que os fatos históricos precisam ser lidos de acordo com seu contexto, mas quando se trata dos eventos de 1964, esta lição básica é solenemente ignorada. Fala-se repetidamente de Golpe Militar, quando se sabe que a mudança de regime foi aprovada pelo Congresso Nacional, que elegeu Castello Branco presidente do país por 361 votos a 72, tendo entre os que lhe elegeram deputados como Juscelino Kubitschek, Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Afonso Arinos e outros que hoje são tidos como baluartes da resistência. Fala-se de agressão à democracia, mas ignora-se a agressão contumaz às instituições que o governo João Goulart patrocinava, com “radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”, conforme as palavras do jornalista Roberto Marinho no editorial de “O Globo” de 2 de abril de 1964. Fala-se de “quartelada sem apoio popular”, ignorando a ampla vontade da população brasileira, que rejeitou Jango de forma inconteste na Marcha pela Família com Deus pela Liberdade, que reuniu mais de meio milhão de pessoas no Rio de Janeiro. Fala-se em ditadura, como se os governantes da ocasião não estivessem preparando um golpe institucional à esquerda, que teria mergulhado o país em um regime de terror stalinista.

A democracia brasileira só se tornou possível por causa de homens como Geisel e Figueiredo, que promoveram o retorno à normalidade democrática em bases tão concretas que permitiram aos terroristas de ontem se tornar os “mensaleiros” de hoje. Com esta aparente “conversão”, a Rede Globo muda para continuar a mesma. Ontem, apoiando o regime militar, e hoje servindo à propaganda de esquerda até em suas telenovelas, a Rede Globo permanece fiel ao seu ideal principal: estar colada ao poder, independente de quem o exerça.

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