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Drª Sandra Regina Marçolla Weber - na VidaMed

16 maio 2013

Sentiu o cutuco?

Juarez Trindade
Colunista do blog

O PORQUÊ DE NÃO SER SOCIALISTA
1. Vou tentar dar a conhecer, mais uma vez, as razões pelas quais sou trabalhista – linha Pasqualini -  por ideologia, uma vez que o socialismo, onde alguns se “acharam”, não conseguiu – no meu ver – superar a sua maior contradição: o antagonismo com a democracia. 2. Pois bem. Um inglês chamado Grittith, citado por Werner Sombart, pensador alemão, reuniu num único livro 261 interpretações da palavra “socialismo” que, não obstante assemelharem-se bastante no conteúdo, distinguem-se igualmente em pontos essenciais, especialmente quando colhidas entre autores de diferentes países. Ponto comum, disparado, somente  o indefectível sentimento anticapitalista.


3. Não é missão fácil, por isso, captar a essência do socialismo para extrair-se um conceito capaz de satisfazer a todos. Pode-se, todavia, dentre as centenas de definições, vislumbrar-se duas tendências: a que vê o socialismo como fim” e a que o considera como “meio”. Para os primeiros, importa a orientação por um ideal igualitário, uma aspiração; para os que veem o socialismo como um método, o poder é empregado para conseguir efeitos artificiais na economia, apresentando-se como uma concepção de organização social “.

4. Assim, enquanto “aspiração”, o socialismo opõe-se ao individualismo ou, em outras palavras, ao liberalismo individualista, em razão de sua ênfase na igualdade em detrimento da liberdade; de outra parte, enquanto “organização social”, o socialismo opõe-se ao capitalismo em razão de sua negação da propriedade privada como base do sistema socioeconômico.

5. Vê-se claramente que,  embora no plano da “aspiração” o socialismo possa compatibilizar-se com a democracia, enquanto “organização social”  há uma visceral contradição do socialismo com o regime democrático!  Não é outro, aliás, o dilema proposto há mais de duas décadas por Norberto Bobbio (Qual o Socialismo? Discussão de uma Alternativa) ao escrever que essa contradição existe pois “através da democracia o socialismo é inatingível, mas, se for atingido através da ditadura, será a democracia a inatingível”.

6. Daí a razão de, nos estados capitalistas, as marchas socialistas restarem tolhidas pelas crescentes expectativas de riqueza e bem-estar, enquanto nos estados socialistas a crescente concentração de poder no Estado tolhe a marcha pela democracia.

7. Claro, sempre se pode falar nos que pensam o socialismo como a “aspiração a uma melhoria de sociedade”, ou o “despertar de uma consciência coletiva na humanidade” ou, ainda, como um princípio de ordem social voltado ao distributivo de riquezas. Seria, no entanto, situar o tema no domínio ético-emocional ou – como queiram – definir o socialismo como uma moral e quase uma religião, tanto como uma doutrina. Ou uma doutrina política que solicita ao Estado, com ou sem Lei, que intervenha diretamente para proteger os indivíduos vítimas do sistema, fazendo da economia a norma de vida social.

8. Uma grande reunião como as do Fórum Social Mundial, por exemplo, teria um vasto campo de trabalho se na tese d’outro mundo possível, primeiro resolvesse as contradições desse mundo pretendido para, depois, colocá-lo como opção.

9. Pasqualini, nos seus ensaios trabalhistas, compatibilizou com maestria os dilemas capital-trabalho, social-econômico, renda-salário e liberdade-democracia. Por isso – e por não haver contradições conhecidas - é o meu guia político, sem nenhum menosprezo aos demais. 

10. Onde entra Brizola aqui? Não entra. No “velho” PTB o Leonel era visto como um personalista, que só brandia as teses partidárias quando estas lhe eram favoráveis. Muito se deve o golpe de 64 às suas estripulias verbais, tipo “reforma agrária na lei ou na marra”, quando Jango queria seguir o caminho institucional para as ditas “Reformas de Base”. 

11. Deu no que deu. Até hoje pagamos o preço das escolhas erradas de modelos de desenvolvimento. Os ditadores não aproveitaram os Ais-5 da vida para materializar as profundas mudanças institucionais, políticas, sociais, tributárias, previdenciárias, enfim, tudo o que hoje carecemos para que o país efetivamente seja justo – justiça que só existe nas peças publicitárias oficiais escoradas nas esmolas assistencialistas. Sentiram o cutuco?


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