Santa Maria: Coordenadora da Saúde fala sobre atendimento às vítimas da Kiss

Ilse foi entrevistada por Rafael Nemitz no "Frequência Livre" ao vivo de Santa Maria, neste sábado

Entrevistada pelo "Frequência Livre" da Rádio Verdes Pampas ao vivo de Santa Maria, a Coordenadora da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Ilse Mello, falou sobre o atendimento de saúde e psicológico às vítimas, familiares e envolvidos no incêndio da Kiss, ocorrido em 27 de janeiro na cidade. Um dado preocupante é que após o sinistro - que vitimou 241 jovens - poucas pessoas procuraram estes atendimentos, principalmente os que se envolveram no triste episódio. Ela respondeu às perguntas do radialista Rafael Nemitz, e acompanhadas pelo Caderno7 neste sábado (9).

Ilse relatou que ao todo, 681 pessoas foram atendidas no total, entre internação em UTI, clínica e atendimento psicológico, mas poucas procuraram o mutirão, que ocorreu neste final de semana em Santa Maria. Ela recomenda que as pessoas procurem o quanto antes, em suas cidades, o atendimento que é garantido.

Ilse alertou que muitos não procuraram ser atendidos no mutirão, realizado no final de semana em SM

O mutirão esteve acontecendo no Hospital Universitário da UFSM, e pode ser prorrogado para os próximos dias. "Para este mutirão, tivemos um número baixo de pessoas inscritas, cerca de 300. A gente solicita que os envolvidos com a tragédia possam buscar informações e apoio, é preciso para o acompanhamento", salientando que os interessados podem ligar para a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), pelo número 136.

Perguntada por Rafael Nemitz sobre como lidou com a situação anormal, Ilse salienta que a situação foi atendida tanto pelo Estado, Município e União, unidos para proporcionar o melhor atendimento possível. "Vivenciamos uma situação difícil, onde unimos esforços para poder atender as vítimas e seus familiares". A coordenadora destacou que os queimados - tanto externas quanto internas, ao inalar a fumaça tóxica - terão atendimento permanente.

Sobre uma questão polêmica, a coordenadora se manifestou oficialmente: se teriam ocorrido suicídios de familiares das vítimas. Ilse afirmou que nada a respeito foi registrado. "Não tivemos notificações oficiais de casos, até pelo acompanhamento que estamos realizando das famílias. São boatos que foram gerados devido a comoção de tudo o que aconteceu", concluiu.

Até o momento, 14 jovens seguem internados, e o melhor, nenhum deles com ventilação mecânica, sendo que dois são em Santa Maria.

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