Qualidade da água: Audiência Pública foi realizada pela Câmara

O diretor da SGS, Leonardo Macedo (com o microfone na mão) foi o alvo dos questionamentos na audiência

Realizada na noite de terça (12), a Audiência Pública sobre a Qualidade da Água, promovida pela Câmara Municipal de Vereadores, terminou com conformidade de todos os lados presentes. A audiência teve a presença de autoridades diversas, dirigentes da São Gabriel Saneamento, Corsan, Sindiágua e servidores municipais, além de uma parcela da comunidade. Até então, nenhuma definição foi tomada, ao contrário do que foi cogitado.

Apesar de discussões mais exaltadas na plateia em alguns momentos, a Audiência teve esclarecimentos todos respondidos pela companhia concessionária do serviço. O Diretor-Geral da empresa, Leonardo Silva Macedo, não se furtou de responder as perguntas dos presentes. Inicialmente, o Sindiágua apresentou ter análises feitas em fevereiro e março pelos Laboratórios Bioagri e Greenlab, informando que haveria deficiência de cloro e flúor na água, além de bactérias "Escherichia Coli" de acordo com o Diretor Sindical, Jadir Rosa. O diretor rebateu, dizendo que a empresa é fiscalizada pela Vigilância Sanitária local e demais laboratórios credenciados. "A análise depende também da qualidade e estado dos frascos. Propomos fazer análises conjuntas com prova e contra-prova, sim", enfatizou.

Plateia presente à Audiência Pública

Esta questão foi afirmada pela responsável da Vigilância Sanitária, Vanda Backowicz, em um outro momento da audiência. Ela informou que se a empresa apresentasse problemas, seria notificada pela VS, o que nunca ocorreu desde o início da concessão. "Não há diferença das águas tratadas pela Corsan e a São Gabriel Saneamento", frisou. Este problema apresentado nas amostras ocorreu por conta de terem sido colhidos pelo Sindiágua, em pontos finais de redes, o que é normal, conforme informou Leonardo. Sobre as análises, ele afirmou que as mesmas estão à disposição dos gabrielenses, e feitas no laboratório Introlab, de Porto Alegre, e verificadas pela Vigilância Sanitária.

Outra questão debatida foi sobre a Estação de Tratamento de Esgoto, que segundo o vereador Claudiomiro Borges (PR), sobre o mau cheiro. Leonardo respondeu que isso é decorrente que a ETE não era mais utilizada pela Corsan e que foi reativada, mas que uma nova será construída em um local mais adequado.

Sobre os valores arrecadados com as tarifas, questionado pelo Procurador Jurídico Guilherme Abib, ele respondeu que este foi retornado na compra de máquinas e equipamentos para a empresa, assim como a recuperação do parque e urbanização de áreas que estavam em "estado deplorável". O ex-vereador Rômulo Farias, que presidiu uma CPI na Casa para apurar a licitação, disse que espera que o Prefeito Roque Montagner torne a água pública, "conforme prometeu em campanha", afirmou.

"Temos um cronograma a cumprir conforme o contrato assinado com o Executivo. Se não estiverem contentes com o serviço, a Prefeitura pode tomar as medidas adequadas, está previsto no contrato", afirmou. O Diretor respondeu mais perguntas dos presentes, como a Promotora Lisiane Villagrande, os vereadores, o ex-vereador Rômulo Farias, e demais dirigentes presentes. Acompanharam a Audiência Pública ainda, os representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Gontan Flores Júnior e Leopoldo Antunes D'Ávila.

E-mail: blogcadernosete@gmail.com