Rossano contestou afirmações do Prefeito Roque Montagner e afirma que tem como provar que a Prefeitura foi entregue em condições financeiras ideais |
Ouvindo o outro lado da história, como uma imprensa verdadeiramente imparcial, a reportagem do Caderno7 conversou com o ex-Prefeito Rossano Gonçalves, no final da tarde de quarta (16), sobre a coletiva do atual Prefeito, Roque Montagner. De forma serena e firme, Rossano foi enfático: a situação repete o ano de 2005, quando o então Prefeito Balbo Teixeira convocou a imprensa para anunciar dívidas e que não foram confirmadas no envio do relatório à Câmara de Vereadores. E alerta: tem como provar que tudo foi deixado em dia, além de que sempre pagou as dívidas de seus antecessores sem se queixar ou usar de subterfúgios.
Rossano contesta os números apresentados, afirmando que tudo é resultado de uma sucessão de erros feita pela nova gestão. "O Balbo (ex-prefeito) fez a mesma coisa em 2005, e quando o relatório da gestão foi encaminhado para a Câmara, tudo se mostrou um equívoco de interpretação de débitos", lamentando que tudo é jogado à comunidade como se fosse verdade. "A desinformação de assessores e a raiva de alguns fazem com que inverdades sejam ditas. Terão que provar tudo isso que foi anunciado", sentenciou.
Ele explicou que os recursos que não foram liberados, foram sequestrados pela Justiça para pagamento de precatórios, mas que estariam liberados por que foram pagos. "Pagamos R$ 2 milhões destes recursos", informando que as dívidas anunciadas foram atribuídas a dívidas históricas, como INSS e PASEP. "Os empenhos não-liquidados foram estornados, conforme determinação aos setores competentes, no final de nosso mandato", salientando que a medida de moratória burla a lei. "O atual Prefeito é tão mal-assessorado a ponto de decretar esta situação para desafiar a lei e contratar sem licitação", disse.
Rossano ainda achou estranho o fato de não terem sido mencionadas as receitas que virão nos três primeiros meses de 2013. "Eles esqueceram de dizer o quanto tinha e o quanto tem em caixa, de forma correta?", questiona. Ele frisa que há uma previsão de receita na ordem de R$ 24 milhões - R$ 8 milhões em janeiro, R$ 6 milhões em fevereiro e R$ 10 milhões em março.
E diante das acusações, o ex-Prefeito encaminhará um ofício ao Tribunal de Contas do Estado para fazer uma inspeção extraordinária nas contas da Prefeitura. "O Ministério Público, sempre vigilante e atuante, deverá agir contra essa afronta às leis. Aliás, apresentamos um grande diferencial que é pagar as contas no começo de mandato. Não há um fornecedor de Governos anteriores que diga que não quitamos as dívidas. Quem assume o Poder Público, tem que ter o senso de responsabilidade e que assume ônus e bônus", afirmando que trabalhava diariamente para sanar os problemas.
"Com todos os problemas que tivemos, entregamos a Prefeitura com as contas pagas, o funcionalismo em dia, obras realizadas, empenhadas e em andamento. Soubemos trabalhar com as dívidas, e achamos tudo muito estranho diante das alegações. E o povo tem direito de saber a verdade, por que é ele que paga os governantes. A verdade aparecerá nos próximos dias, quando o relatório for enviado à Câmara", afirmou. Ele também relatou preocupação sobre o desapropriamento da Chácara Juca Tigre. "Se já estão desapropriando desta forma, nos preocupa como será um governo que começou mal", afirmou.
Finalizando, Rossano lamenta a postura de pessoas com função pública que "não deveria estar ocupando cargos de alta responsabilidade. É algo próprio de gente baixa, de má índole e despreparada, infelizmente. O Prefeito tem que ter as rédeas na mão, não deixar na mão de raivosos", concluindo que o município tem um orçamento - estimado em mais de R$ 140 milhões - onde é possível atender a comunidade sem prejuízo algum.
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Caro ex-prefeito Rossano!
ResponderExcluirNão é de bom tom desqualificar pessoas ou suas funções; alguns até mesmo fizeram, em tempos de outrora, parte de equipes de sua administração. Há bons nomes, boas formações, enfim, pessoas idôneas da sociedade de São Gabriel. Não faz parte da política, pelo menos da política enquanto gestão comum do que é público, atacar e desqualificar aqueles que foram qualificados pelo voto livre de democrático. Se a prefeitura já foi entregue em más condições, sem arquivos, documentos e dinheiro, isto não justifica repetir o feito. Necessitamos ter o presente como objeto de nossa preocupação; e nosso presente, por inúmeros motivos, é precário para as contas públicas. Gostaríamos, pelo universal direito de defesa, que você utilize outros espaços, neste e em outros jornais, para contribuir qualitativamente para a compreensão e superação de tais problemas, o que poderia ter sido sanado pela existência de uma equipe de transição entre os governos, mas que não repita as acusações uma vez que, assessores, coordenadores, diretores, secretários e o próprio prefeito, pela história política que construíram, e principalmente, pela atual união de suas forças, não são merecedores de tais máculas.
Cara, o que ele quis dizer é de que com que direito o Procurador Jurídico o ofende perante a imprensa? Então quer dizer que é partidário da agressão travestida de liberdade de expressão? Ele teve o direito de se defender. Todo mundo sabe que o advogado é raivoso. Ele (Rossano) apenas falou a verdade.
ExcluirCaro Anônimo! O que sei sobre a pessoa do procurador jurídico é pouco, pois, importa-me, e a todo o município, o que sabemos dele como profissional, e nisto há de se ter claro que encontramos somente perspectivas elogiosas. Raivoso, o que é isso? Talvez seja indignação em ver sua terra, sua cidade e concidadãos, mal tratados e não atendidos pela burocracia e possível improbidade de administração. Pela liberdade de expressão, identifique-se! O diálogo agradece.
ResponderExcluirNão quero entrar no mérito, no caso em questão, mas a grande verdade é que em geral, a classe política goza de privilégios neste país que tudo fazem e nada lhes acontece. Minha pergunta: onde estão os órgãos fiscalizadores, TCE, TCU, MP, vereadores, parlamentares de situação ou oposição? a verdade é que enquanto nós como contribuintes uma vez não cumprindo nossas obrigações, somos triturados pela legislação que com nós é implacável, e depois se ver a farra que é feita com o dinheiro público, sinceramente, nos deixa entristecidos
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