Hoje, promovemos a estreia de mais um colunista, ou melhor dizendo, uma colunista no Caderno7. Trata-se da gabrielense Franciele Alves, ou Francci Alves, como é mais conhecida entre os amigos. Atualmente residindo em Florianópolis, Franciele é gabrielense nata. Tem 19 anos, estudou jornalismo por 2 semestres na Universidade Estácio de Sá, após tentar direito na Urcamp de São Gabriel, com a qual não manteve muita "afinidade". Tem como seu próximo objetivo seguir o caminho da Física/ Astronomia. Por hora, segue como cantora, amante de fotografia e colunista do Caderno7. Na coluna "Prós e Contras", procurará expor assuntos relacionados à sociedade em geral, envoltos por seu ponto de vista, sempre buscando soluções para uma sociedade melhor. Vamos então, à primeira coluna de Francci.
Colunista do blog
Bambolês, bonecas, carrinhos, ioiôs, pega-pega, esconde-esconde x vídeo game, computador, internet e seus derivados.
Será que a Infância de HOJE é a mesma de ANTIGAMENTE? Bem, para aqueles que venham a me corrigir: A mesma, evidentemente não é. E por vários fatores: um deles o tempo e o outro a evolução. Tecnológica? Principalmente. Realmente evoluímos? No meu ponto de vista não. Estamos mais incomunicáveis do que nuca, mais fechados do que nunca. Confinando-nos a si próprios em redomas cibernéticas.
As brincadeiras de antigamente tinham como critério primordial o contato, a comunicação, a interação das crianças entre si, de se desinibirem e fazerem amigos, de deixarem a timidez de lado. O legado das brincadeiras sempre foi plantar a base social nos pequenos. A base da convivência. Desde "piás" aprendemos que quando contrariamos e somos contrariados alguém sempre vai sair chorando. Que quando todos estão contentes, quando tudo dá certo, todos se divertem. É a vida em um resumo infantil. Somos preparados desde cedo pra viver em sociedade. Para aprender a lidar com suas controvérsias. Mas e hoje? Esse convívio é contínuo? Essa preparação é existente?
Tirando a parte "social", ainda resta-nos a parte "saudável" da história. O que há de saudável em ficar o dia inteiro jogando vídeo game? Alguém me responda por favor! Alguém? Bom, foi o que eu pensei, as pessoas nunca me respondem. Ok... Vai ter pai que vai dizer: "Aaah, melhor o meu filho dentro de casa jogando vídeo game do que na rua fazendo o que não deve". Ótimo Sr. "deixarei meu filho torrar seu cérebro e ficar obeso". E os exercícios? E essa criança não precisa de ar puro? Não precisa estudar? Não precisa conviver com outras crianças? "Mas ele vai aprender o que não deve". Confie na educação que deste a ele.
Os pais acham que o mundo está perigoso, prendem as crianças em casa, tiram a sua infância, o único período de liberdade que o ser humano de fato possui (me desculpem os solteiros, mas vocês não possuem a mesma liberdade de uma criança. Sinto desapontá-los).
Retomando... A infância de hoje, perdeu uma grande parte do encanto que carregava nos tempos de outrora, aquela ingenuidade, aquela pureza de só querer brincar, correr até onde suas pequenas pernas permitissem, que mesmo pouco, iria parecer ter corrido o universo inteiro. Aquele brilho no olhar de quem sonha alto, de quem vê beleza em quase tudo o que vê.
Agora, as crianças mal nascem e os pais lhes "enfiam conceitos goela abaixo" de que o mundo é mal, de que as pessoas são más, de que não se pode sair la fora, de que se deve viver do lado de dentro do portão. Como um animal.
Me apontem os pais que levam os filhos para um piquenique. A estrutura familiar esta desabando. Antigamente havia uma estrutura sólida: Pai, mãe, respeito, amor, compreensão, convívio, diálogo, diversão em família. Onde estão? Se houvesse isso, duvido que teria tantas crianças a mercê das drogas e do crime.
A diferença não está no mundo. A violência sempre esteve "linda e bela" no mesmo lugar onde está até hoje. O que devemos priorizar ou modificar (já que não é possível mudar o mundo do dia para a noite) é a educação que damos aos nossos filhos. É a visão do mundo que passamos a eles. Pois eles enxergam o mundo através dos nossos olhos, dos nossos conceitos. Nós somos o seu espelho e se dissermos que a vida é boa, que ela pode ser melhor, acreditarão fielmente nisso. E assim, não precisaremos destruir o brilho que carregam no olhar, fazendo do mundo colorido um mundo de trevas (o que em hipótese alguma é real).
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