Grupo chileno começou expansão de R$ 5,2 bilhões que resultará em 1,2 mil novos postos de trabalho
Do Correio do Povo
Com um investimento estimado em R$ 5,2 bilhões, a Celulose Riograndense, empresa do grupo chileno CMPC, iniciou nessa segunda-feira nova fase de expansão no Estado. O projeto começou pela aquisição, por R$ 615 milhões, de 100 mil hectares da Fibria. A área, localizada em propriedades entre Rio Grande e Bagé, inclui 39 mil hectares de eucaliptos. Conforme comunicado enviado à Bolsa Electrónica de Chile, o objetivo do acordo assinado ontem é garantir a oferta de matéria-prima para atender à nova demanda da fábrica de Guaíba, que será ampliada.
As obras na unidade fabril permitirão elevar a produção de celulose de 450 mil toneladas/ano para 1,8 milhão de toneladas/ano e viabilizar o projeto Guaíba II, uma segunda linha de produção de celulose de fibra curta. Na fase de implantação do projeto, serão gerados 4 mil empregos direitos. Com previsão de conclusão para 2015, a fábrica empregará mais 1,2 mil pessoas. Hoje, a unidade conta com 1.018 funcionários.
Excluída a compra de terras anunciada ontem, o investimento de R$ 4,6 bilhões divide-se em três grandes áreas (florestal, industrial e infraestrutura) e será realizado até 2015. A previsão é beneficiar 40 municípios e gerar R$ 102 milhões em ICMS.
A compra das terras da Fibria depende de aval do Cade. A área integrava o projeto Losango, iniciado em 2003 pela Votorantim, que se uniu à Aracruz há três anos, dando origem à Fibria. Na época, propriedades foram adquiridas para implantar uma fábrica na região. Desde 2009, os planos estavam estagnados. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais, Leonel Menezes, com a consolidação do negócio, a participação do setor no PIB gaúcho deve passar de 4% para 5%. "Estamos contentes com a definição, que viabiliza a expansão da fábrica em Guaíba", disse.
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