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Protesto vai paralisar o campus da Urcamp em Bagé, na terça-feira, em reação à crise na universidade |
Niela Bittencourt
Jornal Folha do Sul, Bagé
No dia 14 de agosto, os estudantes da Universidade da Região da Campanha irão paralisar. Pelo menos segundo informações do presidente do Diretório Central dos Estudantes, João Schardosim, e do acadêmico do quarto semestre do curso de Direito do campus São Gabriel, Tiago Battaglin. Uma manifestação está prevista para às 19h, na central do campus Bagé. Conforme informações de Schardosim, a expectativa é que 500 estudantes, oriundos de São Gabriel, Cacequi, Alegrete e Rosário do Sul, participem do ato, assim como, espera-se a adesão de universitários de Bagé.
"A idéia é mobilizar os colegas em Bagé e dar início a um processo de profunda transformação estatutária rumo à democracia e transparência na administração da Urcamp", enfatizou Battaglin, um dos organizadores do movimento denominado Urcamp – democracia já. Ele acrescenta que a intenção é sensibilizar não só os universitários, mas a comunidade, que "será imediatamente afetada se a Urcamp deixar de existir". "A Urcamp é um polo de desenvolvimento e geração de renda para toda a região da campanha, portanto do interesse de todos", acrescentou.
Schardosim, por sua vez, protesta diante da possível mudança de status da instituição de universidade para centro universitário. "Queremos que os estudantes não fiquem com os braços cruzados diante da administração que, direta ou indiretamente, afeta na qualidade de ensino", destacou. Já Battaglin comenta sobre ações estudantis no campus São Gabriel, no mês de maio, cuja justificativa era a de "garantir o pagamento dos salários e evitar que os recursos fossem levados para sanear dívidas de Bagé".
Apesar da adesão à mobilização já ser considerada boa, segundo os líderes, a esperança é que Bagé, de fato, contribua com o protesto, confeccionando cartazes e divulgando reivindicações pela internet. "O medo persiste e a única esperança de que algo realmente mude precisa partir incisivamente dos acadêmicos e da comunidade", finalizou.
Mobilização em rede
Apesar do movimento culminar em um ato público no dia 14, a intenção é permanecer ativo por meio das redes sociais, como o Facebook, onde há quase 700 "likes" na página Urcamp – democracia já. "A mobilização tem sido muito positiva, colegas de outros campi estão nos procurando e mobilizando outros para também para comparecerem em massa no dia 14. Acreditamos que todos os campi estarão representados. A consciência já foi despertada, em todos, mesmo nos que não poderão comparecer devido ao trabalho", enfatizou o acadêmico de São Gabriel.
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