Augusto Solano Lopes Costa
Colunista do blog
No Rio Grande do Sul as coisas não têm o meio termo, vivemos uma verdadeira dicotomia, ou contra ou a favor, Chimango ou Maragato, está no DNA dos gaúchos. No futebol esta divisão acirra cada vez mais. Por este viés se pode tentar entender a grenalização do tema Copa do Mundo em 2014 em Porto Alegre e no território gaúcho. O final feliz da quase interminável novela S.C. Internacional e a construtora Andrade Gutierrez para a reforma e adequação do Beira-Rio ao padrão FIFA, gerou debates acalorados e reveladores. Segunda-feira última (19/03) finalmente ocorreu a assinatura contratual mais aguardada nos últimos tempos.
Na verdade tal situação não pode encobrir a falta de investimentos públicos no setor de infra-estrutura das obras que foram classificadas como herança positiva para a população. A ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, duplicação viária, melhoria na mobilidade urbana, o enfrentamento do trânsito cada vez mais caótico na capital dos gaúchos, etc. No final destas contas, os dois maiores times gaúchos terão estádios modernos dignos das suas grandezas. Quanto aos debates, estes serão intermináveis, como é paixão dos torcedores. Tomo a liberdade de transcrever aqui o que escreveu o jornalista Mário Marcos, um dos mais lúcidos cronistas esportivos que conheço, em seu blog: http://mariomarcos.wordpress.com/
“Está bem, uma das leis não escritas da rivalidade Gre-Nal estabelece que cada lado fica proibido de elogiar o outro, sob pena de dura reprimenda de sua própria comunidade – ressalvadas, claro, as exceções de praxe.”
As goleadas acontecidas nesta última rodada do Gauchão 2012 evidenciam que a partir do momento em que as condições de condicionamento físico dos jogadores estiver equilibrada a superioridade da dupla GRENAL em relação aos times do interior se sobressai. O Grêmio começa a assimilar o trabalho de Vanderlei Luxemburgo, profissional da mais alta competência e que parece querer dar a volta por cima, e tem encontrado terreno fértil para isto. A aproximação dos setores, marcação e ataque sempre com força, o meio de campo funcionando com três volantes sem ficar defensivo, liberando a movimentação dos alas e possibilitando que os volantes cheguem a frente mostra uma dinâmica de jogo com capacidade de surpreender o adversário com vantagem. Luxemburgo, depois de duas semanas de treinos intensos, já conseguiu dar sua marca ao time. Joga compactado, troca passes em velocidade e ataca sempre. Jogo logo mais as 19h30min pela Copa do Brasil contra o Ríver sergipano.
O Internacional joga na altitude boliviana às 19h45min.
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