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Giovani Luigi assina o contrato com a construtora Andrade Gutierrez, marcando a retomada das obras do Beira-Rio (foto Alexandre Lops) |
Depois de uma longa novela de meses, Internacional e a construtora Andrade Gutierrez assinaram o contrato que sela o reinício das obras de reforma do Estádio Beira-Rio, que sediará cinco jogos da Copa do Mundo 2014. Com esta assinatura, as obras deverão ser retomadas na quarta-feira, para preparar o Estádio para a Copa do Mundo, que acontece no Brasil.
A discussão, que teve idas e vindas, chegou ao fim na noite de sexta (16), com a definição que o clube e a AG fizeram para a assinatura definitiva do contrato, o que deixou os gaúchos apreensivos. As negociações neste período, tiveram inclusive a participação da Presidente Dilma Rousseff, que colocou a AG "na parede". Com esta assinatura, o RS respira aliviado e o Internacional comemora a renovação do Gigante, que passa a ser um estádio padrão FIFA.
A assinatura foi feita entre os presidentes do Inter, Giovanni Luigi, e da AG, Otávio de Azevedo. Confira os detalhes da obra:
O lucro
A oposição aposta que as duas décadas de exploração do estádio darão à AG um lucro de R$ 1 bilhão. A gestão do clube não confirma este valor. A direção do Inter acredita que o clube arrecadará até R$ 400 milhões com as melhorias do Beira-Rio nos próximos 20 anos.
Retomada a jato
Um grupo de engenheiros da AG já trabalha, desde dezembro, no levantamento sobre as necessidades da obra. Cerca de mil operários devem ser envolvidos. A arquibancada social, hoje em parte demolida, deve ser contemplada na primeira etapa da reforma. Em um estágio mais avançado, a empreiteira aumentará o número de operários para aproximadamente 2,5 mil. A previsão de conclusão da reforma é dezembro de 2013.
A contrapartida do Inter
Para ter o estádio reformado para a Copa do Mundo, o Inter dá como contrapartida R$ 26 milhões, dinheiro da venda do Estádio dos Eucaliptos, e reembolsará a Andrade Gutierrez em R$ 8 milhões, relativos a camarotes e suítes já comercializados, e que por contrato agora são de exploração da construtora. Na contrapartida do Inter estão incluídos os R$ 14 milhões já investidos pelo clube nas fundações da cobertura, instaladas quando o Inter ainda tocava as obras com recursos próprios.
Uso do estádio
A partir da união com a Andrade Gutierrez, o Inter passará a dividir com a construtora as datas de utilização do estádio. A prioridade será para os jogos oficiais do Inter, depois, datas de possíveis amistosos do clube e datas para eventos da AG (como shows, por exemplo).
O novo CT
A partir da reforma, o Inter raras vezes treinará no Beira-Rio. Ainda não há local definido para o centro de treinamentos. Inter e Andrade Gutierrez precisarão captar investidores, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (porque envolve categorias de base), para erguer o CT. Não há sequer prazo para que se inicie a busca por recursos. Gravataí e Lami são áreas analisadas.
Os direitos da AG
Durante 20 anos, a Andrade Gutierrez, por meio da Sociedade de Propósito Específico, terá direito a explorar todas as novas áreas criadas no estádio: camarotes, suítes, cadeiras vips e sky boxes, restaurantes, lojas e o edifício-garagem com 3 mil vagas. A publicidade estática (menos as placas ao redor do gramado) ficará com a AG. A construtora terá direito aos naming rights, caso o Beira-Rio receba o nome de uma empresa.
(com informações de Zero Hora)
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