Augusto Solano Lopes Costa
Colunista do blog
Após um período auto-concedido de folga e não férias, voltamos com o Gauchão 2012 em andamento e as consequências de um início de temporada. Após o GRENAL 390, onde o Grêmio com seus titulares e o Internacional com a equipe reserva empataram no Olímpico Monumental, empate que para os colorados teve sabor de vitória em razão das circunstâncias da partida e para os gremistas teve a consequência imediata do questionamento do trabalho de Caio Jr. que recém inicia seu trabalho.
Os colorados iniciaram o ano com decisão, a disputa da Pré-Libertadores teve este caráter de definição, caso não tivesse passado pelo Once Caldas, o ano em termos de perspectivas estaria findo neste primeiro semestre a não classificação à fase de grupos da Libertadores de América seria encarada como fracasso. Amanhã, quinta-feira, às 20 horas, recebe no Beira-Rio, ainda sem o reinicio das obras, a equipe peruana do Juan Aurich. Pouco conhecido dos torcedores brasileiros, o Juan Aurich deve ter pelo menos dois desfalques. O meia colombiano Javier Araújo sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda e a previsão de volta aos treinos não é inferior a um mês. Outra ausência é o atacante panamenho Luis Tejada, titular na conquista do campeonato peruano de 2011, também está lesionado. Importante é ganhar e bem dos peruanos em casa pois o jogo da volta além de ser na casa do adversário, será em gramado artificial, uma vez que o estádio dos peruanos tem este tipo de gramado. Em 2006, o Colorado ganhou cinco e empatou dois dos sete jogos como mandante, enquanto em 2010 manteve 100% de aproveitamento: sete vitórias.
O Grêmio segue fazendo do Gauchão o seu laboratório para a Copa do Brasil, o trabalho de Caio Jr. começa com questionamentos por parte do torcedor que ouve pedidos de paciência por parte do treinador. É um trabalho que se inicia e com deficiências em setores que são do conhecimento de todos. Falta um meia de articulação. Tinha Douglas com reconhecida capacidade, mas de desempenho questionável. Saiu e não deixou substituto a tentativa com Giuliano esbarrou em valores exigidos pelos ucranianos. No mercado brasileiro não há esta reposição.
Marcelo Moreno dá mostras de que sua contratação foi um acerto, Kleber Gladiador, também de reconhecida capacidade precisa ser mais do que uma jogada de marketing, precisa jogar e fazer o time jogar. O desafio para a comissão técnica do Grêmio é grande criar um conjunto com mecânica de jogo e capaz de se impor aos adversários, mesmo com a falta de um armador que realize esta tarefa. O futebol não tem esta paciência que Caio Jr. pede aos torcedores. O imediatismo de resultados e a grande expectativa criada em torno das contratações efetuadas não dão este espaço pretendido.
Caio Jr. neste início de trabalho me faz lembrar do treinador Ivo Worthmann, em 2001 no início da gestão de Fernando Carvalho no Internacional. Muita teoria, muitas indefinições. Tomara que esteja enganado.
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