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18 janeiro 2012

Opinião do leitor: BBB, A que ponto chegamos

Cláudio Moreira
Jornalista e pastor

Ano passado fiz um boicote consciente ao Big Brother Brasil. Na hora da atração, desligava a TV e ia fazer qualquer outra coisa. Neste ano, mudei de residência já nos primeiros dias de janeiro, e fui poupado do BBB porque a antena da TV ainda não foi removida da casa antiga. Mas num mundo onde a Internet repercute a telinha, não foi possível ficar imune à notícia sobre um estupro ocorrido na tal “casa mais vigiada do país”. Um “modelo”, se aproveitando da embriaguez de uma das participantes, fez sexo com ela inteiramente desacordada. A cena do estupro, devidamente editada, foi ao ar como se fosse um passeio no parque, e ao final, Pedro Bial ainda proclama: “o amor é lindo”.



A reação indignada do país nas redes sociais da Internet foi tão grande que um inquérito foi aberto pela Polícia Civil, e a Globo não teve outra saída senão fazer um breve pronunciamento afastando do programa o provável estuprador (somente o inquérito dirá se é ou não), por ter apresentado “comportamento inadequado”. O cinismo editorial da produção do programa parece chocante? Mas esperar o quê, depois de doze anos de baixaria e a apelação, numa desesperada corrida por audiência e lucros? Aliás, do jeito que a coisa vinha, só faltava um estupro ser transmitido pelas câmeras. Agora não falta mais.

São anos a fio de hedonismo, o prazer pelo prazer, álcool e promiscuidade em doses cavalares, conformando a mente do telespectador a se acostumar com o lixo e o horror como algo natural. Até alguns respeitáveis pensadores criticaram o governo e a polícia pelo inquérito, que estaria intervindo na “liberdade de expressão” do programa. E quanto à liberdade da moça, que nem mesmo teve chance de dizer sim ou não às investidas do fauno incontido? Calma lá! Tenho verdadeira aversão à censura de qualquer espécie, mas chamar a exibição televisiva de um crime de “liberdade de expressão” é a coisa mais ridícula que vi nestes últimos anos.

Nem comento sobre os que justificam o estupro pelo comportamento da moça. Nenhum machão estaria especulando sobre isso se a jovem fosse sua filha, por exemplo. Além do ultraje, culpar a vítima pelo fato é uma armadilha moral simplesmente nojenta.

A Bíblia fala de uma jovem, Tamar, que foi estuprada por seu meio-irmão Absalão. Mais que um estupro, um incesto. O rei Davi, pai da vítima e do estuprador, deu de ombros. E por não ter agido com autoridade, deu margem a uma verdadeira matança entre irmãos, que culminou com a morte do próprio Absalão depois de tentar usurpar o trono de seu pai (2º Livro de Reis). Quando somos condescendentes com o mal, permitimos o seu avanço. Talvez já esteja mais do que na hora de a sociedade repensar sua indiferença. Se chegamos até este ponto, é porque por anos a fio temos tolerado a idéia abjeta de que vale burlar o respeito, as leis, as regras mínimas de convivência pra conseguir o que se quer. O bom sujeito que tenta subornar o guarda pra escapar da multa, que não dá recibo a seus clientes, que acha justo sonegar um imposto aqui ou ali, poderia muito bem estar na pele do “modelo” que não viu problema em transar com uma mulher totalmente desacordada, sem o consentimento dela.

Não. Ao contrário do que dizem por aí, leis e regras são coisas libertadoras, que impedem a sociedade de chegar à barbárie. É bom que o brado de “basta” se faça ouvir logo, porque a barbárie já chegou.


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