As duas famílias de turistas argentinos que iam de Santa Fé com destino à Santa Catarina saíram da província às 19h30 de domingo. Esta hipótese, aliada a imprudência, pode explicar as causas do acidente trágico que resultou na morte de cinco integrantes da família Ferraro, ocorrida nesta segunda (26), no Km 456 da BR-290.
Segundo relatado pela Polícia Rodoviária Federal à reportagem de Zero Hora, Gustavo Andrés Ferraro, 37 anos, dirigia sem parar desde à noite anterior. Sua esposa, Letícia Debuck, 40 anos, também morta no acidente, assumiu o volante por volta das 6 horas. Duas horas depois, o acidente rifou a vida do casal e de três dos quatro filhos em uma tentativa de ultrapassagem proibida.
Uma outra família, vizinhos dos Ferraro, vinha mais à frente, quando ouviram o estrondo do impacto da Zafira no ônibus da Planalto linha SG-Livramento. Segundo o relato de Griselda Ciclione, os carros estariam em uma velocidade média de 100 km/h.
Por outro lado, declarações do cônsul argentino em Uruguaiana, Alejandro Massuco, dadas ao jornal Clarín, causaram controvérsias. Ele salientou que a BR-290 é "sumamente perigosa" e que recomendou viajar de dia, por que as "estradas não são tão confiáveis como se pensa". A Polícia deverá divulgar nos próximos dias, o resultado da perícia sobre as causas do acidente.
* O problema, não seriam as estradas, até por que apesar de problemas corriqueiros, elas tem recebido manutenção nos últimos tempos, como a própria BR-290, que recebeu no trecho de Uruguaiana à São Gabriel, por exemplo, recapeamento total. Já vem de anos que motoristas argentinos percorrem as estradas em velocidades muito acima das permitidas, e acabam causando acidentes como este, somadas à atos imprudentes como ultrapassagens em locais proibidos. Embora a legislação brasileira tenha implementado medidas coibitivas como a cobrança de multas por infrações anteriores, os motoristas argentinos continuam abusando da lei e da sorte. E muitas vezes, acabando em tragédias como essa, onde uma família inteira foi dizimada. É preciso mais rigidez nas punições e uma conscientização maior dos motoristas, mas é difícil.
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