Augusto Solano Lopes Costa
Colunista do blog
A final do Mundial Interclubes, realizada no último domingo entre Barcelona e Santos, provocou uma série de estudos e observações. Muitos falam em lições e os decorrentes aprendizados. Inegavelmente o Barcelona está acima da média de todos os clubes de futebol deste planeta Terra, neste ano de 2011. Fala-se em time histórico, como o Honved, da Hungria nos idos dos anos 50 (time que revelou Ferenc PusKas), do Real Madrid do início dos anos 60 (Com Di Stefano e Cia.); do Santos de Pelé e Coutinho, do Ajax dos anos 70, de Cruiff e Neeskens, da Laranja Mecânica, célebre seleção holandesa, cuja base era do Ajax e comandada pelo Rinus Michels. Enfim comparações e evocações deste quilate.
Sempre tive a consideração de que um time quase perfeito foi a Seleção Brasileira de 1970, cuja base foi montada pelo Alegretense João Saldanha, o João Sem Medo, que criou suas feras e depois Zagallo aprimorou. A forma de jogar daquele time inesquecível era de pressionar o adversário, impor-se naturalmente dentro de campo. Fazer mais de três gols numa partida era algo natural, o time não fazia força para aplicar goleadas em seus adversários. Jogava ofensivamente, num sistema que se chamou pelos entendidos da época num 4-3-3, mas se analisarmos não era desta forma que se impunha ao adversário. Carlos Alberto Torres era um lateral que apoiava e muito e com eficiência, tinha uma zaga em que Wilson Piazza, estava improvisado, sua função de origem no Cruzeiro era de médio volante. No meio o volante era Clodoaldo que também avançava, foi assim que marcou o gol de empate contra o Uruguai nos 3 a 1.
Gerson fazia lançamentos preciosos, Pelé, dispensa qualquer consideração, Jairzinho, no Botafogo era centro avane, jogou a Copa e foi seu goleador jogando como ponta-direita, Tostão era meio atacante no Cruzero e jogou de centro avante, fazendo o pivô e o verdadeiro abre alas das defesas adversárias, é só lembrar a jogada do gol contra a Inglaterra; Rivelino era meia esquerda e jogou como ponta esquerda. Ninguém era da posição e todos jogavam e sabiam achar espaços. A resposta de Pepe Guardiola, na entrevista coletiva sobre o jogo, quando perguntado como o Barcelona havia chegado a esta maneira de jogar, respondeu: "Meus Avós me diziam que o Brasil jogava assim".
Assisti muitas comparações com a Laranja Mecânica, Holanda de 1974. Ouso divergir e dizer que o Barcelona atual joga como o Brasil jogou em 1970 e encantou o mundo. Futebol simples, de toques eficientes. A lição está em casa, existem vídeos, foi a primeira Copa do Mundo transmitida ao vivo. É só olhar! Outra lição, que espero os treinadores brasileiros tenham aprendido. Não importa a competição time grande entra sempre para ganhar e com os titulares, assim forma o conjunto.
Findamos este 2011 e 2012 está ali na esquina, a todos os que nos acompanham um Feliz Natal, na Paz e na Esperança de Jesus Cristo e um Ano Novo de 2012 com muitas realizações. Paz e Bem!
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