Marcel da COHAB
Colunista do blog
Existe um dia do ano para homenagearmos a ti. Mas existem 365 dias do ano para te amarmos.
Pai, desde que deixaste este mundo, não tem um dia que eu não pense em ti, não tem uma noite que eu não sonhe contigo, não tem um minuto que eu não sinta a falta da tua presença física.
Pai, tantos presentes me deste... Roupas, bola de futebol, discos, fitas e CD’s...mas o melhor de todos, foi o teu legado (teu caráter e tua conduta).
Quantos foram os GRENAIS em que agüentaste o resto da família tirando sarro de ti! Foste a prova do amor de colorados por um gremista.
Pai, que falta tu me faz.
É tão bom dormir e te encontrar nos meus sonhos. É bom ouvir das pessoas que conviveram contigo o quanto tu és querido ainda hoje. É bom ouvir das pessoas que trabalharam contigo, escrivães, juízes, funcionários do Fórum local, tabelião, funcionários do Banrisul o quanto tu és estimado.
Pai, tu ainda estás presente naqueles goles de cerveja ao som dos Fagundes, César Oliveira e Rogério Melo, Walter Moraes, Gildo de Freitas, José Mendes...eu sei que eu sou sambista, mas sou teu filho mais velho que ligava o DVD e ajeitava o som para que tu tomasses a tua “geladinha” ao som dos teus artistas preferidos. Eles viraram meus artistas também. Pois tudo que vem de ti é especial para mim, é qualificado.
Fazes falta nas risadas, nas brincadeiras, nos carnavais e, principalmente nos momentos difíceis.
Pai, tu que nasceste em Dilermando de Aguiar, porém escolheste São Gabriel para viver, e graças a essa escolha tenho os amigos que gosto, a esposa que amo. Tu que repousas em solo gabrielense, tu que amava da mesma forma que eu essa terra.
Pai, o esforço que fizeste para me educar, me formar num curso superior, para seguir a tua trajetória, levando nosso sobrenome é o que me dá motivação para acordar todos os dias, para cada vez mais e mais demonstrar que não foi em vão teus sacrifícios.
Em cada vitória pessoal ou profissional minha, pai, eu vejo no meu imaginário aquele teu tímido sorriso de orgulho e felicidade. Eu sei que tu ainda vive. Não aqui nesse mundo repleto de mentiras, ganância, violência...Deus te tirou precocemente daqui, por aqui não ser um lugar que mereça a tua existência.
A gente se encontrará um dia, pai. Enquanto isso, a gente vai se comunicando nos sonhos, nos pensamentos, nas lembranças de teus inúmeros amigos e dos teus três filhos que sempre viveram por ti e são reflexos da educação que tu propuseste. Esses três filhos que te amam mais ainda e que ainda hoje se reúnem para lembrar de ti, para rir de ti, para falar seus bordões, mas que se recolhem na sua intimidade na hora de chorar por ti.
A coluna de hoje, pai, com a licença dos meus leitores, dedico para ti. Talvez meu texto não seja muito bom, mas hoje ele está mais prejudicado ainda, pois escrevo com a emoção. Pai segue cuidando da gente aí de cima, parabéns pelo seu dia e que você esteja em paz junto com o maior de todos os “pais”.
A todos os pais: um grande dia, de muita amizade, amor e paz.
A todos os filhos: se você não beija, não abraça e não diz que ama seu pai durante o ano, o faça ao menos nesse dia. O pai é o melhor de todos os amigos que uma pessoa pode ter.
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