Por Munique Monteiro
Jornal Minuano/Bagé
Os técnicos administrativos em Educação da Unipampa entraram em greve, no início do mês, na tentativa de forçar o governo Federal a negociar e conceder reajustes salariais, assim como atualizar o plano de carreira. Devido à paralisação, os alunos estão impossibilitados de realizarem as matrículas para o segundo semestre. A reitoria está em tratativas com o comando de greve visando minimizar os efeitos da paralisação sobre o trabalho dos docentes e os interesses dos estudantes.
Segundo explica o vice-reitor, Norberto Hoppen, devido à greve, o sistema de registro acadêmico da universidade está disponível somente para a oferta de disciplinas e para o lançamento de notas do semestre regular 2011/01. O prazo para as matrículas encerrou na última quarta-feira, porém, como não foi possível realizá-las, está sendo estudado um novo calendário acadêmico. Hoppen conta que hoje se reunirá com o comando de greve para pedir que a matrícula seja considerada um serviço essencial, para assim ser efetivada. O vice-reitor destaca que se caso houver mais atraso no calendário, os alunos terão que ter aula em janeiro para compensar. O início do segundo semestre está programado para o dia 15 de agosto.
Conforme um dos coordenadores gerais do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da Unipampa (Sindipampa), Clever Leitzke, e representante do comando de greve, algumas atividades ditas essenciais já estão sendo realizadas, por equipes que trabalham em regime de plantão, duas horas pela manhã, e o mesmo à tarde. Leitzke afirma entender que se as matrículas não forem feitas no período proposto, haverá atrasos e prejudicarão os alunos e docentes, mas enfatiza que a greve é uma forma de pressão ao governo, ressaltando que quando aparecem as necessidades, como esta é que reforçam a importância da negociação. O coordenador garante que se na reunião, o comando entender ser este um serviço essencial, atenderá ao pedido.
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