Dois anos após uma grande epidemia que atingiu o Brasil, e principalmente São Gabriel - primeira cidade a declarar estado de emergência, impedindo o contágio em massa - o vírus Influenza H1N1 retorna às manchetes com dois casos, um aqui e outro em Camaquã, e uma morte na Serra Gaúcha. As autoridades reforçam que não há motivo de pânico, apenas devendo tomar os cuidados profiláticos. O médico pneumologista Nilson Souto Pereira (foto ao lado) esclareceu estas e outras dúvidas a comunidade, em conversa com a reportagem.
Ele salienta que o vírus da Influenza A (anteriormente chamado de Gripe Suína), assim como os outros da gripe, sempre existiu nesta época. "A população pode ficar tranquila, não há o risco de ter uma epidemia como em 2009, até por que depois daquela, os cuidados foram tomados, como a vacinação e as medidas de saúde", lembrando que a Influenza comum mata mais no mundo que a Gripe A. "São 900 mil óbitos por ano no mundo da gripe comum, e no entanto, o pânico é maior com a Gripe A", explica.
Ele salienta que após esta dificuldade, o que facilita para a volta do vírus, é o relaxamento dos cuidados com a saúde. "Muitas pessoas não se vacinaram por que achariam que ficaram doentes, naquela do 'ah, não vai acontecer comigo', quando isso é incorreto. É isso que nos preocupa, e pedimos à comunidade que siga estas medidas sempre, independente de qualquer gripe", frisa.
Nilson informa que há dois casos suspeitos, mas sem perigo de ocorrer uma nova epidemia como o que ocorreu em 2009. Ela atinge os chamados "grupos de risco", como idosos, gestantes, obesos e jovens. Finalizando, o médico lembra que os cuidados devem ser seguidos sempre nas épocas de temperaturas mais baixas. "Deve-se sempre lavar as mãos, evitar contato com pessoas que tenham gripe, arejar ambientes, evitar tossir ou espirrar com as mãos protegidas, manter uma boa alimentação, e principalmente, tomar as vacinas quando recomendado", finalizou.
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