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Sessão extraordinária decidiu pela aprovação do projeto por 5x4 na manhã de quarta |
No momento mais decisivo de uma história que gerou debates, polêmicas e discussões nunca vistas, a Câmara de Vereadores foi o cenário do desfecho desta etapa. Por 5 a 4, os vereadores aprovaram o projeto de lei que autoriza a realização de licitação para a empresa que irá exercer os serviços de saneamento em São Gabriel. A sessão extraordinária aconteceu na manhã de quarta (19) e teve a presença de um grande público, entre apoiadores da medida, comunidade gabrielense e funcionários da Corsan. Com isso, o Executivo está autorizado a proceder licitação para a escolha da empresa concessionária, em um passo considerado histórico e ousado.
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Plenário esteve lotado, para a votação histórica, tanto de apoiadores do projeto como equipes da Corsan |
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Cacaio contornou ânimos na sessão |
A sessão, que começou cerca de meia hora após o início previsto, presidida pelo vereador Cacaio Lannes (DEM), foi marcada pelos pronunciamentos de vereadores das bancadas de situação e oposição, defendendo seus votos. Rômulo Farias e Cilon Lisoski (PR) tiveram como principal mote a necessidade de se manter o abastecimento de água público. "É a oportunidade de mantermos a água sob controle público e com saúde", ressaltou Rômulo.
O pronunciamento de Cilon foi também pela continuidade da Corsan, mas também carregado de polêmica. Ele afirmou que o Governo Municipal quer "privatizar" o serviço, e que isso iria contra o bem público. Ao final de seu pronunciamento, com a impaciência de parte da platéia presente, o vereador salientou que "apesar de tudo, inclusive da manifestação de 'capachos', continuaria em defesa da água como bem público", o que gerou ruidosos protestos.
Dos vereadores da base aliada, Paulo Sérgio Barros (Nenê) e Vagner Aloy (Maninho, ambos do PDT), foram os que trouxeram argumentos consistentes para a defesa da licitação, conforme determina a Lei Federal n° 11.445. Maninho salientou que os funcionários estão isentos deste confronto, mas que a responsabilidade é da direção da Corsan, que teve 40 anos para investir em São Gabriel e pouco fez. "O que se quer fazer na verdade, é proporcionar uma tarifa decente para a população, por que a Corsan tem a tarifa mais cara do país, e tudo o que é arrecadado, é investido pouco retorno", frisou.
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Rui Lucas: fator decisivo na votação |
Em sua defesa, Valdomiro Lima (Chiquinho) manifestou antecipadamente sua intenção de voto, contrária ao projeto, pela defesa da Corsan, e pregou um entendimento para que a comunidade possa ser beneficiada. Finalizando as manifestações, Rui Lucas (PR) defendeu este entendimento para o bem da comunidade. "Teremos responsabilidade sobre o que decidir, mas o faremos com nossa consciência tranquila". Após o pronunciamento do vereador Cacaio - que conseguiu reger a sessão de forma ordeira e sob controle - , foi procedida a votação do projeto: 5 x 4. Votaram a favor do projeto os vereadores Maninho, Beka e Nenê (PDT), Adão Santana (PTB) e Rui Lucas (PR), e votaram contra os vereadores Rômulo, Cilon, Claudiomiro Borges (PR) e Chiquinho (PSDB).
Confira a seguir, o áudio completo da sessão extraordinária, captado da Rádio São Gabriel:
Falou tudo Maninho, queremos uma TARIFA DECENTE contra o ABSURDO cobrado pela Corsan, sem investimento nenhum, parabens aos vereadores que votaram em defesa da licitação, quando aos outros...tststs,poderiam deixar as rixas de lado e votarem em favor da comunidade.Nos vemos nas urnas.
ResponderExcluirMas ainda tão na volta disso.
ResponderExcluirA corsan sempre cuidou bem a agua da cidade, agora querem mudar. Isso e bem coisa de cidadesinha mesmo, tenho pena da minha São Gabriel, onde o povo sempre sai perdendo, achando que esta ganhando. Pra que mexer em uma coisa que esta dentro do padrão? Isso só pode ter muito dinheiro envolvido mesmo. Agua, nao da pra deixar qualquer um cuidar. Tenho vergonha da política, as vezes da vontade de voltar a ditadura.
Carlos, o problema é que tem certas coisas sendo ditas de forma distorcida nesta história. Há uma lei federal que exige que o plano seja feito, e isso não quer dizer que a Corsan não possa participar. O problema é o uso político que está sendo feito deste episódio, com malversações que estão sendo ditas ao vento nesta comunidade. Está na hora de acabar com isso. Só que é preciso que a Corsan possa assumir responsabilidades também, pelo que vem cobrando da população. O que se quer é que a empresa que assumir o serviço, independente de quem seja, faça algo decente. É isso. Só não se pode aceitar que se faça uma guerra ideológica por conta de algo que está ocorrendo em outros municípios do Brasil, sem essa celeuma toda. Algo tem que ser dito, o que não é feito, temos nosso lado político, mas temos que falar o que é real, independente disso. Fui claro?
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