Sessão da Câmara é encerrada novamente por tumulto

Sessão que começou na quinta-feira mais uma vez foi interrompida por ânimos exaltados

Interrompida na noite de quinta-feira por tensão e tumulto, a sessão plenária que votaria o Plano Plurianual da Secretaria Municipal da Saúde foi novamente abortada por conta de discordâncias. A tensão dessa vez foi por conta dos vereadores do governo e oposição, onde o Presidente Marcos Vieira (PSDB) teve que encerrar a sessão.

A Câmara novamente estava repleta de CCs e Secretários Municipais, na expectativa da aprovação do projeto que segundo o Governo, permitirá a execução de dez proposições para a saúde, mas que conteria muitos erros que poderiam inviabilizar sua execução, de acordo com os vereadores de oposição. A Sessão foi retomada e o vereador Cilon Lisoski (PR) pediu espaço para esclarecimentos sobre a real situação do projeto, o que foi interrompido pelos vereadores André Lemes e Sandra Xarão (PT).

A vereadora Sandra pediu a interrupção da Sessão por 30 minutos, o que não foi aceito pela bancada de oposição. Ela reclamou ainda que o Presidente Marcos MEC (PSDB) deu questão de ordem a quem não seria líder da bancada e de que ele teria se portado mal com o seu colega de partido. Marcos pediu que a vereadora se acalmasse, dizendo que ela estaria nervosa, "querendo fazer drama". "A senhora não seja leviana, a exemplo da Presidente, em querer se fazer de vítima", disse. Neste momento, alguns burburinhos vieram da platéia e Sandra foi às lágrimas.

Cilon sugeriu então, que os projetos fossem retirados de pauta para melhor análise e votação na segunda-feira, para esclarecimentos. Mas André não aceitou e começou a pressionar para que o projeto fosse aprovado hoje. O líder do Governo na Câmara começou a elevar o tom de voz ao discutir com Marcos e nisso, a sessão foi encerrada sem condições de continuidade, devido ao clima tenso. De tão bravo, o vereador André chegou a dar um murro na mesa. Com isso, o projeto novamente teve sua votação adiada.

A presidência lamentou o clima gerado pelo Governo para pressionar os vereadores a votar os projetos, que deverão ter contratações de servidores para a saúde. A Brigada Militar esteve presente no local. Talvez nunca nos últimos anos, a disputa política tenha sido tão acirrada em São Gabriel.