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Possibilidade de intervenção na Santa Casa pelo município vem sendo debatida (foto Marcelo Ribeiro/arquivo C7) |
A possibilidade de intervenção na Santa Casa de Caridade voltou a ser pauta no Poder Legislativo de São Gabriel e gerou divergências entre os vereadores. O tema ganhou destaque após reunião realizada na quarta-feira (10) entre o prefeito Lucas Menezes e os parlamentares, na Prefeitura, motivada pela crise financeira da instituição, que chegou a anunciar a suspensão das cirurgias eletivas.
Durante o encontro, o prefeito apresentou um balanço das medidas já adotadas pelo Executivo, buscando dar transparência às ações e discutir alternativas para o hospital. Menezes teria reforçado que seguirá avaliando os cenários antes de definir os próximos encaminhamentos.
Na sessão de terça-feira (9), o vereador Sildo Cabreira (União Brasil) havia anunciado a intenção de protocolar uma moção de apoio ao prefeito, com a finalidade de respaldar politicamente uma eventual intervenção. O documento foi retirado após pedido do vereador Claudiomiro Borges (PL), que sugeriu aguardar a reunião entre Executivo e Legislativo. “É importante essa moção porque ela dá respaldo ao prefeito, ela dá respaldo político ao Poder Executivo para que realmente efetive essa ação de intervir na Santa Casa, pois a situação está insustentável”, afirmou Cabreira em plenário.
Cabreira acrescentou que a intenção é reunir assinaturas dos 15 vereadores, de modo a unificar a posição da Casa em apoio ao Executivo. Já o vereador Ladislê Teixeira (PSB) defendeu cautela, alegando que os parlamentares não poderiam assinar a moção sem conhecer os detalhes da proposta. “Nós precisamos saber dele qual é a atitude do Executivo em relação a isso. Qual é o tipo de intervenção que ele pode propor? Vai nomear um administrador, vai intervir apenas com recursos?”, questionou.
Na sessão seguinte, realizada na quinta-feira (11), Teixeira relatou a reunião na Prefeitura e destacou a cobrança da comunidade por definições. Segundo ele, o prefeito demonstrou disposição em intervir diante da gravidade da situação, que envolve salários atrasados de médicos e funcionários, além de uma dívida estimada em R$ 57 milhões.
O vereador frisou que a discussão não se trata de defender gestões, mas de garantir atendimento à população. Ele reforçou ainda que cabe ao Legislativo se posicionar de forma clara sobre a intervenção, advertindo que a falta de decisão pode agravar a crise enfrentada pelo hospital.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 11/09/2025 15h46
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