Rossano concedeu a primeira entrevista ao Caderno7 nesta quinta-feira, no Gabinete do Palácio Plácido de Castro, para fazer uma análise dos primeiros 90 dias de gestão |
A entrevista foi concedida na última quinta-feira, em seu Gabinete no Palácio Plácido de Castro. Rossano informou o que já foi pago, o que falta realizar, os anseios desta quarta gestão e a relação com a vice e os partidos aliados, bem como pede o apoio da comunidade para que possa "jogar junto" para superar as dificuldade e que faça cobranças quando necessário. Confira na íntegra, esta entrevista:
Nesta primeira entrevista ao Caderno7 após os primeiros 90
dias de governo, qual é a situação atual do município? O que foi pago e como
estão as contas neste momento?
Boa tarde, Marcelo, é
uma satisfação recebe-lo para batermos este papo. A situação atual já é de
domínio, porque só fomos ter conhecimento da real situação a partir do dia 2 de
janeiro, quando iniciamos nosso trabalho com os Secretários e equipe. Constatamos
que esta é a situação mais difícil da história de São Gabriel e eu, que já tive
experiência em outras três administrações, verifico e faço esta comparação: o
município tem 89 milhões de dívidas, sendo divididas em duas partes: a
histórica, que é de 43 milhões e a outra, referente ao governo passado, próximo
de 47 milhões, para pronto pagamento, dívida empenhada, liquidada, que nós
temos de dar conta de pagar. Dificuldade maior, portanto, até o momento é a de
ordem financeira. Isso faz com que eu e a minha equipe tenhamos de fazer as
escolhas a serem estudadas, saber dizer o sim para o quê e não para quem. Ou
seja, o sim para a coletividade e o não para as individualidades. Foi assim que
eu pautei estes primeiros 88 dias de administração.
Nosso objetivo é,
consertar financeiramente e melhorar os serviços para a comunidade, sejam eles
de limpeza pública, tapa-buracos, ações emergenciais de recuperação das
estradas, reestruturação e melhoria das ações na área de saúde e recuperação da
qualidade do ensino. Esta é a questão que está nos movendo hoje: administrar a
parte financeira, repactuar dívidas, pagar aquilo que é mais emergencial e que
não interfira no bom andamento dos serviços cotidianos e melhorar serviços,
como coleta de lixo, iluminação pública, varrição de ruas, capina, podas, ação
de tapa-buracos, desentupimento de bueiros... Que são mais de 140 ações
desenvolvidas nestes dias referente à estas áreas; mais de 700 km de estradas
patroladas, mais de 600 cargas de material colocadas nestas estradas; em torno
de 30 pontos que receberam embueiramentos; reformas de pontilhões; a realização
do licenciamento de jazidas para que se diminua distâncias para a busca desse
material usado para a recuperação das estradas; recuperação do maquinário para
que ele possa nos possibilitar a realização destes serviços. Isto é o que
fizemos até o presente momento. Seguiremos agindo na busca da melhoria da
qualidade do serviço público, trabalhando incansavelmente as nossas doze,
treze, quatorze horas, com uma equipe coesa, que não tem hora para ser chamada,
sempre disposta a nos ajudar em busca das soluções.
Agora, estamos aos
poucos e tornando transparentes todos os nossos números à comunidade, sem
nenhuma crítica ao governo que passou. Não somos movidos por ódio, rancor, revanchismo,
nos só trouxemos ao conhecimento público a real e difícil situação das finanças
públicas municipais, que eu tenho o grande desafio de recompô-las, de fazer a
repactuação e o refinanciamento, sem afetar o pagamento em dia do funcionalismo
público, sem afetar o pagamento do convênio com a Santa Casa, sem afetar o
pagamento de terceirizadas, que também são o apoio para que possamos prestar um
bom serviço à comunidade, em uma visão administrativa e de gestão que foi
adquirida ao longo deste tempo. Agora, posso afirmar: muito importante a
experiência que adquirimos e podemos colocá-la em prática agora e que falávamos
durante a campanha: só vai poder administrar e recuperar o município quem tiver
experiência. Não estava puxando brasa para o meu assado, não. Eu vislumbrava
uma grande dificuldade e temia, sem crítica alguma, que algum nome sem
experiência ainda não teria conseguido se encontrar, porque nos deparamos com
uma total desestruturação, seja do parque de máquinas, seja de secretarias sem
sede, como foi com a Educação, Serviços Urbanos, tivemos que encontrar locais
para que elas se estabelecessem. Não encontramos documentações, processos,
convênios, muita coisa que nos criou uma dificuldade inicial.
Porém, não há
dificuldade nenhuma que não seja superada com obstinação, quando se quer fazer
o bem para coletividade. Hoje, podemos dizer que o pior já passou. Mas para
tal, tivemos que tomar decisões e dizer alguns “nãos”. Não foi fácil dizer não
para os carnavalescos, não fiz isso com satisfação, fiz com pena, lamentando.
Mas não tínhamos recurso para o Carnaval, para colocar no futebol profissional,
são escolhas que tivemos que fazer.
Entendo que já
avançamos muito, buscamos humanizar o atendimento da saúde, mudamos o local de
partida de viagens (para a UBS Brandão Júnior), que agora é um ambiente mais
acolhedor, mais digno para a nossa comunidade. Temos que avançar na questão da
fisioterapia, estamos avançando na questão do Programa “Mais Exames” em
parceria com a Santa Casa, entre outros. Mudanças de caráter de atendimento
coletivo. Eu também tenho dito não à algumas individualidades, tudo tem seu
tempo para acontecer.
Enfrentamos uma outra
dificuldade, Marcelo, que é a Lei do Marco Regulatório. Hoje estou recebendo
pleitos de entidades, segmentos e instituições, de repasse de recursos, mas não
estou conseguindo repassar, a não ser para a Pró-Down, porque estamos estudando
a forma de atendimento do Marco Regulatório. Todos os municípios estão passando
por esta dificuldade. Pedimos paciência para todos aqueles que buscam aquela
subvenção, que vem em busca daquele repasse que está no orçamento, mas preciso
fazê-lo de forma legal dentro do novo Marco Regulatório. Tem muita gente que
vai receber o recurso, mas não nesse momento. Estamos qualificando pessoal de
nossa assessoria que está realizando cursos junto à FAMURS para saber como
destinar corretamente este recurso.
Se falou muito na questão de contenção de gastos nos
primeiros dias de governo. O que pode ser economizado até o momento?
Primeiro, quatro
secretarias. Se nós analisarmos, são salários de quatro secretários que
reduzimos, nós já vamos vislumbrar uma grande economia. Se verificarmos que
preenchemos apenas 60% dos cargos em comissão (CCs), também é economia. Estamos
trabalhando, e tendo alguma dificuldade inicial, no controle de horas extras.
Porque? Porque temos algum funcionário fazendo efetivamente hora extra: com
viagens, motoristas e tal. Mas temos controlado efetivamente as diárias, poucos
funcionários e quando elas foram concedidas, houve a viagem efetiva com o
devido fim. No meu caso próprio, nunca viajei tanto, porque tive a necessidade
de junto ao Governo do Estado, de várias Secretarias, de desencravar questões
como o CADIN, projetos, verbas, convênios e recursos. Fiz uma única viagem à
Brasília, da mesma forma e farei outra em breve. Não participaremos por
exemplo, da Marcha dos Prefeitos, como medida de economia, por que não vemos
sentido participar de um evento que é apenas de ordem instrutiva e que já
estamos “calejados” disso. Não vou, e elimina um gasto desnecessário.
Não temos percentuais
definitivos, mas posso afirmar que há uma economia concreta com a diminuição de
secretarias, gastos com horas-extras e controle de diárias. Almejamos com a
Reforma Administrativa, que será enviada em no máximo um mês à Câmara, que com
esta contenção se faça uma economia de até R$ 3,5 milhões por ano, sem
prejuízos da plena atividade da Prefeitura. Nós temos que ter uma nova
dinâmica, verificar o que realmente é necessário e o que é possível neste
momento.
Estando em um quarto mandato, que iniciativas e projetos tu
pretendes retomar nesta gestão e que tenha dado certo em gestões anteriores?
Algo em mente?
Marcelo, neste
primeiro ano, é reestabelecer o equilíbrio financeiro e manter serviços... Pagar
as contas e melhorar o serviço cotidiano, claro, envolvendo a comunidade em
campanhas que vamos fazer. Nós estamos projetando muita coisa para buscar
recursos para os próximos anos. Eu entendo que temos que melhorar a mobilidade
urbana em São Gabriel. Para isso, nós temos que melhorar as vias urbanas. Tem
projetos que estão sendo desenvolvidos para darmos uma dinâmica diferente ao
trânsito de São Gabriel, então nós teremos muitos investimentos no decorrer do
segundo semestre dos outros dois anos, de pavimentação em regiões estratégicas.
Discutia e tenho discutido semanalmente os projetos que vamos buscar e que vão
nos facilitar a busca de recurso via BADESUL, temos 3 milhões para buscar em
financiamento. Devermos asfaltar as ruas Sebastião Menna Barreto, a Rua Antônio
Mercado e com outros recursos, asfaltar outras vias importantes.
Mas, eu quero retomar
aquele grande projeto que é o de asfaltar a Tito Prates, Francisco Silva,
saindo no Aeroporto Municipal e regiões. Não posso dar como garantia, pois o
projeto ainda não está pronto e terei que ir novamente até o Ministério das
Cidades em busca deste financiamento. Isso no lado de desenvolvimento.
Segundo: continuarei,
como fiz hoje pela manhã, em reunião com a ACI e CDL, provocando o empresariado
para que seja implantado o entreposto de cargas (Porto Seco), para disciplinar
a entrada de cargas pesadas no município de São Gabriel. E no lado social, eu
ainda quero poder retomar o Projeto Moleque Cidadão, que foi um sucesso por
envolver a gurizada classificada em faixas de risco no período inverso ao do
escolar. E porque não fazer isso agora? Porque ainda não há estrutura, mas ele
sim, é um sonho meu, de ter até 300 jovens envolvidos nas atividades. Mas para
tal, preciso da estrutura e de envolver as entidades, fazer convênios com a
Urcamp, para utilizar os profissionais de Educação Física, também os profissionais
de academias da cidade e fazer um grande projeto. Mas acontecerá a partir do
segundo ano, beneficiando a área social.
Paralelo, temos outro
problema na área social. Agora, resolvemos o problema de uma casa abrigo, mas
temos que resolver o problema de outra casa. O que estamos pedindo para os
deputados que nos visitam é que nos mandem recursos para que no futuro,
possamos construir uma nova casa abrigo, para 0 a 10 anos e 11 a 18 anos,
estruturada, segura, que elas possam se sentir numa verdadeira casa de
acolhimento. Segundo: estou pedindo aos deputados que não me mandem mais
dinheiro para o que eles acham que querem mandar, que consulte antes o município.
Nós precisamos construir um novo Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), que
está mal instalado. Estamos preocupados, o Secretário Coirolo e eu, para achar
agora, como paliativo, um novo local para alugar e acomodar o CAPS. Então, são
estas preocupações. Mas reforçando, o grande projeto, é resgatar o Moleque
Cidadão, envolvendo a Assistência Social, Educação, Turismo e entidades
parceiras para tirarmos esta juventude do ócio, principalmente aquela que se
verifica estar em faixa de risco na nossa comunidade.
O que pode ser obtido de recursos junto ao Piratini e
Brasília? Como estão as relações com os Governos Federal e Estadual?
Excelentes as
relações com o Governo do Estado, tenho excelente trânsito, facilidade de
acesso, muitos Secretários foram meus colegas quando fui Deputado Estadual.
Tenho bela abertura por exemplo com os Secretários Pedro Westphalen
(Transportes), Ernani Polo (Agricultura), nós temos deputados parceiros
ajudando, como o Deputado (Gerson) Burmann, que até então era Secretário de Obras,
parceiro incansável, nos ajudando a tirar o município do CADIN e nos
conseguindo prazo... Nós tínhamos cinco inscrições no CADIN, com cinco
secretarias. Fui lá e pedi mais prazo para pagar as contas, pedi mais prazo
para ter dinheiro, que eu não precisava devolver o dinheiro apontado, isso foi
o resultado de inúmeras viagens que fiz à Porto Alegre, para tratar com o Chefe
da Casa Civil, Márcio Biolchi, que é outro que me ajudou bastante nas
tratativas com as Secretarias e Fundações, outros setores do Governo que a Casa
Civil tem frequência. Podemos garantir o seguinte: que o maquinário da SDR
ficou em São Gabriel, que é muito importante para a recuperação das estradas e
a construção e melhorias de estradas internas nos assentamentos. Estamos com a
garantia de que a Secretaria da Fazenda vai nos pagar um importante recurso da
Saúde, em torno de 2 milhões de reais da Secretaria da Saúde, já estive com o
Secretário (João) Gabbardo, estive com o Secretário Biolchi, onde tive a
garantia de que nos próximos dias será liberado este recurso.
Apesar das
dificuldades do Estado, o Governo está aberto ao diálogo. Com o Secretário
César Schirmer, estamos aguardando o convênio, detalhamos, estou aguardando o
chamado para firmarmos este. Além das Secretarias que citamos, temos a Educação
também sobre a questão do transporte escolar, que era deficitário. Todas elas
trabalhei anonimamente, sem alarde, pois ainda aguardávamos o resultado. Eu
semeei nos primeiros 40 dias de governo, abri portas, me readaptei aos trâmites
e deixamos lá nossos pleitos. Hoje já colhemos os frutos. O maquinário da SDR
está aí, estamos retomando os tratores, postulamos a cessão ou doação da área
da FEPAGRO, eu quero a FEPAGRO sob nosso domínio, o que nos abriria um leque de
opções e parcerias.
Governo Federal:
muito enredadas as coisas, um tanto porque mudou o governo lá, um tanto porque
as coisas não iam bem aqui. Tinha muito dinheiro parado porque a Prefeitura no
passado não fez licitação; ou porque o dinheiro chegou mas a Secretaria de
Obras não tinha feito projeto... Deus do céu, tudo tive que desenrolar nesses
três meses agora. Como não perder o dinheiro? Tive de ir em casa assessoria
técnica dos Ministérios para saber como proceder para que não se perdesse estes
recursos que eu assumi o compromisso de fazer as prestações de contas, fazer as
licitações nos prazos combinados. Só houve um recurso que não foi perdido pela
nossa administração que foi na área da Saúde, onde eles perderam quase um
milhão de reais porque tinham até novembro para pedir a prorrogação do convênio
e eles esqueceram de pedir.
O resto consegui
assegurar tudo. Posso dizer que tenho um bom recurso assegurado, que já estava
destinado e outro que está na ordem de dois milhões e meio.
Funcionalismo Público, como está a situação? Um dos
principais pleitos é o Plano de Carreira, que é uma reivindicação de anos. Como
está a situação, a relação com o setor?
Eu fui muito claro na
campanha, quando respondi aos questionamentos, fui muito claro em dizer o que
seria possível e o que não seria possível. O funcionalismo público reivindica, ao
seu direito, o reajuste salarial que nós estamos estudando. Nós formamos uma
Comissão para ouvirmos os pleitos da classe, estamos analisando e nos próximos
dias daremos uma resposta. Agora, temos estabelecido diálogo com os
funcionários. A classe que os representa já esteve reunida com a Comissão que
montei para tratar do assunto, para que esta discussão balize a tomada de
decisões, decisão esta que não pode ser somente com base no que pleiteia a
categoria.
Mas temos
dificuldades com alguns setores do funcionalismo... Tem um percentual do
funcionalismo que não quer trabalhar: só quer trabalhar se ganhar hora extra,
se ganhar FG (função gratificada), se for dada alguma vantagem ilegal. E eu não
vou, não vou alcançar isso. Hora extra feita com necessidade é paga. Hora extra
como complementação de salário, eu não vou pagar. E tem funcionalismo que é um
percentual pequeno, mas que “faz de conta”. Mas a Prefeitura não é um “faz de
conta” que o paga, a Prefeitura paga 5,5 milhões de salários. Mas existe uma
classe menor criando problemas para a classe maior, foi dito para o Sindicato
que poderia também nos ajudar a convencer o seguinte: olha, se de 1700
funcionários, tem 200, 300 que não estão trabalhando, está prejudicando os
outros 1500, 1400 que estão trabalhando, né? Mas não encontramos eco nesta
postulação.
O que eu posso dizer
é o seguinte: o funcionalismo está com o salário em dia, as vantagens que o
funcionalismo tem, 90% delas eu alcancei no momento em que isso foi possível. O
município está em extrema dificuldade financeira, a gente espera compreensão e
o que é determinação legal será alcançado. Nos próximos dias a Comissão vai
marcar uma reunião com o Sindicato para repassar a nossa decisão que for
tomada. Até aqui, nós podemos ir, além disso, não há condições, nem “vara
mágica” que venha a alcançar.
A arrecadação do município está prevista em mais de 130
milhões de reais para este ano. Recentemente, tivemos mais uma campanha de IPTU
e registramos um aumento na arrecadação. Ao que tu atribui isso? E haverá novas
formas de ampliar a arrecadação municipal?
Olha, temos sim.
Primeiro, nós notamos um crescimento nesta primeira etapa de arrecadação do
IPTU, que teve o pagamento com desconto. Agora, vem as demais etapas, que são
parceladas e teremos uma outra etapa, que quer melhorar a arrecadação e que
será o REFIS, que é o programa de refinanciamento das dívidas com o município,
que poderá ser feito tanto para quem tem dívidas com o IPTU e o ISSQN. Nós
vamos fazer um desconto escalonado, do juro e da multa.
Quanto à correção
monetária, não poderemos isentar a comunidade porque cairíamos em ilegalidade, mas
vamos fazer os descontos possibilitando que o parcelamento se encaixe no
orçamento dos cidadãos, até porque temos um estoque de dívidas muito grande.
Ela deve girar em torno de 50 milhões de reais, porém, cobráveis, não deve
passar de 20 milhões. Portanto, não adianta cobrar aquilo que está prescrito.
Eu tenho que focar que realmente poderá ser pago. Focaremos na campanha. Agora
uma coisa que eu reafirmo, não haverá aumento de imposto, mas teremos de fazer
a correção da planta de valores. Vamos fazer um recadastramento imobiliário,
pois temos muita casa que não paga IPTU, mas só sobre valores de terreno e tem
muita residência ampliada que não está registrada. É cumprir um dever de
justiça porque 80% das residências de São Gabriel não tem problema nenhum, está
pagando sobre a área construída, nós vamos atacar, fazer um pente-fino e isso
vai nos dar um aumento de receita.
E outro, vamos
aumentar a fiscalização sobre o ISSQN, quem está em dia está tranquilo, mas
agora quem não está em dia, vamos cobrar, fiscalizar, conferir a emissão de
notas fiscais. Esta é uma forma de aumentar a receita. Outro caminho é ter
projeto para buscar dinheiro novo. O que pode acontecer? Via parceria com o
Marfrig, São Gabriel Saneamento, JFI, que gerará empregos com a Celulose
Riograndense, empresas que prestam serviço para eles, que estão colhendo, o
quanto nos pagam de ISSQN. Quanto mais se desenvolvem, mais colhem, plantam,
transportam, tudo é terceirizado, tem que pagar ISSQN para o município. Então
estamos ajustando, com as próprias empresas, para que informem o valor que ela
pagou à empresa terceirizada e o quanto esta empresa pagou de ISSQN. Mas sem
precisar aumentar impostos.
Falaremos de trânsito e segurança, em vários pontos,
atendendo a sugestões de leitores. Primeiro deles: o estacionamento rotativo, como
está o andamento e quando entrará em vigor? Videomonitoramento, há
possibilidade de ser implantada aqui? Um dia São Gabriel poderá ter a guarda
municipal? Sobre a licitação do transporte coletivo, o município realizará este
processo? E que ações para a mobilidade urbana estão planejadas?
O estacionamento
rotativo, eu reafirmo, até a metade do ano estará funcionando. Teremos a
criação de até mil vagas para realmente possibilitar a democratização do espaço
público de trânsito em São Gabriel. Me comprometo em tê-lo aprovado até o final
do mês de junho. Segundo, o monitoramento depende de investimentos e recursos
do Governo do Estado. Essa é uma tarefa do Governo Estadual, Brigada Militar e
Polícia Civil, onde tem que ter uma central controlando. Óbvio, que o deputado
Afonso (Motta) que esteve aqui comigo e destinou um recurso de 300 mil para a
segurança que será para São Gabriel, mas sua aquisição será feita pela
Secretaria de Segurança do Estado.
Nós vamos acertar
aqui com o Capitão Assis Brasil, da Brigada, que tem necessidade de adquirir
veículos novos, ou até mesmo câmeras de monitoramento, e vamos buscar o recurso
para isso. Há uma necessidade, e nós vamos buscar com o Capitão Assis Brasil e
o Delegado Bastos, os esforços que serão envidados. Eu disse para o Afonso,
pode colocar verba para segurança, chegando aqui é o que conta. Não tenho que
capitalizar politicamente para mim ou o Afonso, mas é cumprimento e já está
registrado. Dependemos unicamente do Governo do Estado.
Fala em mobilidade
urbana, estamos trabalhando junto à Secretaria de Planejamento, a contratação
de uma empresa para que faça um estudo de fluxo. Não é o prefeito que diz: bota
uma sinaleira em tal lugar; não é o prefeito que diz, inverte o trânsito em tal
rua; não sou eu que digo, aquela rua tem que dobrar para esquerda. Isso tudo
tem que ter um estudo com especialistas com mobilidade urbana e que façam um
reestudo, onde possam me dizer as mudanças ou não a serem feitas. Antes de eu
fazer alguém contornar essa rua, tenho de pavimentar esta rua, porque vai aumentar
trânsito, poeira e tudo mais. Eu tenho que ter um estudo de fluxo, análise de
sinaleiras, se a sinaleira tem que estar ali mesmo, análise de acidente, se a
relação de tempo é realmente aquela. Enfim, apresento uma solução,
diagnosticar. Porque aí desenvolvo o projeto em cima de ações para mobilidade
urbana, asfalto aquela rua, coloca sinaleira naquela outra e assim por diante.
Nós vamos fazer uma coisa bastante moderna.
Sobre a Guarda
Municipal: não. Isso foi me perguntado durante a campanha. Há dois assuntos que
puxei à frente. No estacionamento rotativo, não tive temor algum que isso
poderia dar ou tirar voto, quem mais necessita do estacionamento é quem mora
longe, o cidadão que mora lá no Bom Fim, no Independência, Santa Clara,
Medeiros, Mariana, esse é o que mais reclama e clama pelo estacionamento
rotativo. Eu pautei e senti a receptividade, reforçou ainda mais a nossa
intenção.
Dois, segurança
pública e Guarda Municipal é segurança pública. Não faremos porque é muito
caro, eu prefiro um convênio com a Brigada Militar, que possamos pagar hora
extra, alcance recursos à eles para ter manutenção, mais combustível pros
veículos se deslocarem mais, para que tenhamos mais policiamento ostensivo,
mais brigadianos à noite, nos finais de semana, na saída dos colégios noturnos,
é onde temos mais carência de segurança. Por isso eu digo que não há
possibilidade no meu governo de termos uma Guarda Municipal.
Sobre a licitação do
transporte coletivo: sim, vai ter, no período que houver condições de fazer. É
bastante complexo, estou tratando desta questão desde os primeiros dias. Esta
questão foi provocada pelo Ministério Público há anos, pois tanto o transporte
coletivo quanto o rural está vencido há anos. A última renovação que teve no
transporte coletivo foi no meu governo, em 2002, os contratos tinham validade
de cinco anos e renováveis por mais cinco, e com cláusulas com limite de anos,
o que está irregular. Montamos uma Comissão que está trabalhando, dialogando
com as empresas, buscando com estas as informações que são necessárias e esta
vai emitir um parecer para que eu possa começar a tomar as decisões no que diz
respeito à condição de frota, tempo entre uma cruzada e outra, condições de
manutenção dos veículos, dos itinerários, das linhas... A Comissão vai me apresentar
um diagnóstico e em cima disso, vou tomar uma decisão.
Há duas decisões: uma
é o processo licitação do transporte coletivo, que não é fácil como uma
licitação que eu vá adquirir um serviço, a compra de um veículo ou fazer uma
obra. É bastante complexo, porque? Eu pretendo no futuro implantar o sistema
integrado. Não acho justo alguém sair da Santa Clara, pagar uma passagem para
vir aqui (no Centro) e daqui pagar uma passagem até o Bom Fim, assim como o
inverso, ou pagar uma passagem lá do fundo do Independência e pagar mais uma
para ir até Santa Clara/Santa Brígida. Então, nós temos que trabalhar o sistema
de transporte coletivo urbano. No transporte coletivo rural, nós temos que ter
algo que já existe lei e não se cumpre, que são os sanitários nos veículos. Há
uma lei, aprovada e sancionada, em vigor, que ninguém respeita e eu tenho de
exigir. Então posso lhe dizer assim: nós queremos uma melhoria no transporte
coletivo urbano e rural, eu estou trabalhando com muita cautela, segurança
jurídica e buscando as informações que nós não detemos. Quem as detém, é quem
está detendo estas linhas, então eu prometo uma solução que não posso
estabelecer prazos, mas que é uma das nossas bandeiras de campanha: corrigir as
falhas contratuais e melhorar o transporte coletivo urbano.
Como está a sua relação com a sua vice (Karen Lannes) e com
os partidos aliados? Até porque como disseste, teve de dar muitos “nãos”...
A minha relação com a
Karen é muito tranquila... A Karen, além de ser a minha vice, é minha
Secretária de Assistência Social, tem autonomia como os demais secretários, tem
autonomia a executar as ações no que diz respeito à sua pasta, a Karen está
desenvolvendo um trabalho disciplinada como secretária, enfrentando uma
escassez de recursos assim como os demais secretários. Não estamos liberando
tudo aquilo que é postulado, mas mantemos uma relação excelente com a minha vice,
de grande confiança, tanto é que fui a Brasília e fiz questão de passar o cargo
para a vice, porque ela divide responsabilidades comigo e para que a Prefeitura
não fique acéfala.
Segundo, com os
partidos. Ora, as tratativas que fiz com os partidos, foi em torno de um
projeto e as coligações que fizemos foi atendendo ao pedido de cada um, ou
seja, todo mundo queria participar de um projeto, de uma coligação que elegesse
o maior número de vereadores. O compromisso político que tínhamos com a
coligação, honrado 100%. Eu dizia que buscaria nos eleitos ou não-eleitos
aqueles que tivessem perfil para serem Secretários. Isso aconteceu, o que veio
a permitir que subissem dois vereadores, um do PR e outro do próprio PDT,
composição feita. Então, não há dúvida que todos quisessem participar mais da
administração com indicações, mas isso não foi tratado em campanha, nós não
loteamos cargos na Prefeitura, nunca houve esta tratativa.
Então, estou com
muita tranquilidade, aproveitei vários nomes com capacidade, que estão me
ajudando, de vários partidos e ainda seguramente teremos, quando equilibrar a
questão financeira, que buscar alguns outros com outros perfis para nos ajudar
em algum outro setor. Não foi possível, ainda não estou com a equipe completa e
nem trabalhando 100%, mas digo que estou sentindo muita clareza, os vereadores
da situação muito interessados em ajudar com sugestões, colher números e dados
com o enfrentamento, muito natural com a oposição. Aliás, estamos tendo uma
oposição muito respeitosa, e que não tenho que me queixar. A Câmara de
Vereadores, tão criticada por outros setores, eu que por lá já passei, sei o
quanto importante é o Poder Legislativo para a comunidade. Só que vejo umas
“batidas meio que fora de hora”, de algumas questões, temos que entender melhor
como funciona o Poder Legislativo... Não estou aqui em defesa de absolutamente
nada que possa ter sido feito errado em termos de conduta e tal, estou dizendo
que o Poder Legislativo é importante, pode me ajudar como pode também se
quiser, me atrapalhar. Se quiser esgotar todos os prazos, pode esgotar mas vai
atrapalhar. Mas só tenho a agradecer ao Legislativo, ao Presidente Claudiomiro,
aos vereadores, tanto aos que votaram a favor de projetos como os que já
subiram na tribuna para nos aplaudir ou para nos criticar, inclusive da crítica
se tira proveito.
Então, honrado está o
compromisso de ordem política com os partidos e agora vamos buscar, sempre,
“com lupa” novos valores para adentrarem no quadro municipal.
Como está a situação
da Usina de Asfalto? Quando teremos o asfaltamento de ruas, porque estas têm se
deteriorado nos últimos anos e a comunidade clama por providências...
Clama com razão. No
devido momento, vamos fazer o asfaltamento. Mas para fazer isso, teremos que
esperar, pois o “asfalto não cai do céu”, precisa ser comprado. A Usina de
Asfalto está sendo utilizada, num primeiro momento com o Frigorífico Marfrig,
dando continuidade a um termo de cooperação que existia entre o Marfrig e a
Prefeitura. Agora, nós vamos fazer uma parceria com a São Gabriel Saneamento,
um termo de cooperação para fazermos um tapa-buracos, seja o buraco que foi
aberto para reparos, seja para recuperar os buracos de desgaste do asfalto. Nós
vamos fazer uma grande operação de 60 dias de tapa-buracos, isso é uma função.
Segunda função: eu
posso usar a Usina, mas para utilizar ela, tenho de usar o CAP, que é o asfalto
em si, além de brita graduada, brita zero, pó de brita, contratar máquinas
vibro-acabadoras, rolo compactador, entre outras. Só posso prometer grandes
obras de asfaltamento após pagar as dívidas. Porém, com criatividade e
parcerias, nós vamos fazer ações de diminuição de deterioração das ruas da
cidade. Como disse, foram pagos 12 milhões de dívidas do Governo anterior,
valor este que daria para asfaltar mais de 150 quadras. Se eu tivesse estes 12
milhões, já tinha este valor para resolver estes problemas em benefício da
comunidade.
Atração de empresas para o município, o que o Governo tem
em mente?
Marcelo, nós temos
que esgrimar agora para manter o que temos. Diante desta dificuldade, política,
econômica, economia e desemprego em níveis jamais vistos no Brasil inteiro e
que já chegou até aqui, tem reflexos aqui. Qual é a nossa preocupação? A
preocupação é fazer o convênio com o Ministério da Agricultura, fazer um
processo seletivo e manter estes fiscais aqui para que não parem os abates do
Mafrig, que não pode ter interrupção, porque seria um grande prejuízo para a
exportação. Ajustar o convênio com o Ministério, que eu já fiz. Segundo, nós vamos
destinar uma área para a JFI, que vai prestar serviço para a Celulose, vai
gerar emprego. Seguramente, em torno de 200 empregos.
Terceiro, estamos
agilizando o processo de servidão de passagem porque era o que estava faltando
para a São Gabriel Saneamento para começar as obras da nova Estação de
Tratamento de Esgoto, a ETE, as elevatórias e canalizações em si. Aí, nós
teremos 60 milhões de reais girando, gerando 150 empregos diretos e indiretos
com terceirização do serviço. De momento, é isso que se vislumbra. Esperamos
que o Marfrig complete o projeto da graxaria, o que geraria por aí, mais 200
empregos.
E uma coisa vai
puxando a outra, né.... Se conseguirmos um grupo de empresários que invista no
Porto Seco, mais empregos serão gerados. Com o aquecimento da economia, a
colheita prometendo ser “gorda”, com a soja e o arroz sendo colhidos, circula
mais dinheiro. Mas tem um setor que é importantíssimo gerador de emprego e
renda: construção civil. Estou agilizando os processos dentro da Secretaria de
Obras, para que a construção individual comece de uma vez e já estamos em busca
de um novo “Minha Casa, Minha Vida”. Estou em tratativas com a Caixa Federal e
empresários que estão credenciados pela Caixa, para construirmos mais 300
apartamentos ou mais 500 casas, dando oportunidade para nossa cidade ter
habitação para nossa gente. Isto é outro setor que emprega muito, é muito
dinheiro que entra e vem sendo empregado no supermercado, na farmácia, em
outros segmentos, nas lojas de construção e por diante. Desta forma, estamos associados,
querendo qualificar nossos jovens, estamos aí em uma parceria com o Sindicato
Rural e o SENAR, vamos ter cursos para cerca de cinquenta jovens, curso
profissionalizante, remunerado, com bolsa de estudos... E como incentivo. De
momento, vamos seguir vendo a movimentação econômica, mas acreditando no
potencial de outros empreendedores, como é o caso da Real Park, que vai fazer o
lançamento daqui a um mês do condomínio fechado, e quem compra no dia seguinte
já estará construindo, está gerando mais empregos. É por esta linha que nós
vamos palmilhar e ver os números da economia crescerem e decrescerem no
desemprego.
Para concluir esta entrevista, esta hora de conversa, duas
perguntas: como o senhor se avalia após três mandatos e que projeção fazes da
São Gabriel do futuro?
Me auto avalio muito
mais maduro. Vejo-me muito mais responsável e mais preparado para dizer o sim e
para o não. Eu me sinto muito à vontade, para diante de um pleito, em que
sabendo a responsabilidade me move para dizer um não, dizer um não. Me sinto
muito mais amadurecido para dizer um sim da seguinte forma: não vai acontecer
neste momento, só no ano que vem, porque com a experiência e o amadurecimento,
que eu não posso ser ‘vazio’ e alimentar uma ilusão. Tenho que fazer aquilo que
é necessário e em um segundo momento, aquilo que é possível; em um outro
momento aquilo que sonho realizar. Ou, sintetizando: quero fazer desse quarto
mandato o melhor dos meus mandatos. Para tal, vou incansavelmente querer
envolver todos os segmentos da comunidade para que sejam nossos parceiros.
Como disse em um evento
anterior, citei John Kennedy: “não me pergunte o que posso fazer pelos Estados
Unidos da América, mas o que vocês podem fazer pelo País”, ou seja, a cidade é
o que o povo é. Se São Gabriel sempre foi destacada como cidade limpa, organizada,
bem cuidada e acolhedora, não é pela cara do Prefeito, mas pelo seu povo. E é o
povo que pode ajudar a mudar e melhorar São Gabriel. É o povo de São Gabriel
que pode nos ajudar jogando comigo, me cobrando, me sugerindo, mas é pagando o
seu imposto, é também me ajudando a mudar essa cultura equivocada de que “tudo
eu cobro da Prefeitura, mas eu nada faço pela Prefeitura”. É essa cumplicidade,
é nesta via de duas mãos que eu pretendo, eu vou ser incansável, se puder vou
onde quiserem, onde eu for chamado, onde me convidarem, na escola, vou aqui,
vou ali, comecei a receber alunos, falar com jovens, porque todos nós devemos
dar a nossa colaboração, eu quero fazer um quarto governo melhor que já
fizemos. Mas posso dizer o seguinte: amadurecimento associado a experiência, é
básico para fazer as coisas em governos. Eu conheço o peso da responsabilidade que
está sobre meus ombros. Sei hoje muito mais claramente quais as escolhas que
devo fazer. Sei diferenciar o pleito individual da ação coletiva, eu sei... Qual
é alcance de colocar 10 mil reais aqui ou 10 mil reais na educação, saúde? Eu
sei o quanto precisamos investir nos serviços de saúde para melhorar a vida da
população. Na educação, que é o básico para o cidadão. Então, eu me sinto hoje
muito mais seguro de ser prefeito e tenho certeza, Marcelo, que vai ser o
melhor dos meus governos, temos muitos desafios pela frente.
Como obras como a do
Parque Dr. Eglon podem estar daquele jeito? Eu tenho de convencer o Governo
Federal que me coloque o restante do dinheiro que falta para cumprir aquela
obra, eu tenho de reunir um grupo de deputados e mostrar as fases que faltam,
não podemos deixar parada uma obra que já foram colocados 3 milhões e ainda falta
muita coisa. Me tira o sono, mas não me tira a esperança de concluir aquela
obra até o final do governo.
Tenho procurado
dialogar com pessoas, com grupos. Mas alguns querem que se resolva o que não fizeram
em quatro anos, tudo porque não conseguiram em quatro anos. Pessoal, tempo ao
tempo. Tudo que é feito rápido pode dar errado ali na frente, vamos devagar,
porque só eu sei, pois na ânsia de fazer eu também errei, então, Estou
dialogando aos poucos.
O que posso dizer do
futuro? São Gabriel vai se desenvolver, tem potencial. Uma cidade que produz,
que tem um comércio organizado, indústrias, um povo que quer. Ela tem, sem
desmerecer as demais cidades da região, mais chances de se desenvolver. Tem
três unidades do Exército, três universidades, uma rede escolar bem
estabelecida, empresas muito sólidas, tu não vês “aventuras” em São Gabriel.
Mas cada um tem que fazer a sua parte e eu, fazer a minha parte, trazendo
dinheiro novo para São Gabriel, com investimentos de infraestrutura, no
frigorífico, com parcerias e tal. São Gabriel pode com seu povo, almejar um
futuro muito mais promissor nestes próximos quatro anos, pode se consolidar.
Tem uma posição geográfica privilegiada, então pode vir desfrutar de outros
investimentos, uma cidade que já planta mais de 100 mil hectares de soja, pode
quem sabe no futuro almejar uma esmagadora, ao invés do grão sair para fora.
Quem sabe, podemos buscar isso, acredito muito no potencial da nossa
agropecuária, da indústria de transformação, do nosso comércio, do
empreendedorismo e na vontade de nossa gente. Estou convicto que São Gabriel ainda
vai ser uma cidade que o pessoal vai se orgulhar muito mais. Por isso vamos
comemorar 171 anos, não é uma semana com tudo aquilo que queríamos, teremos que
melhorar para o ano que vem. Não vai faltar brilho para comemorarmos esta data
e a nossa presença onde for possível.
O Prefeito finalizou agradecendo a imprensa local e disse que se utilizará dela para a divulgação de ações e campanhas de conscientização junto à comunidade gabrielense.
Reportagem: Marcelo Ribeiro
Data: 04/04/2017 16h27
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