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06 novembro 2015

Coluna do Alexandre Cruz

Alexandre Cruz
Colunista do blog

Seres Imperfeitos
Richard Dawkins sustenta no “Gene egoísta”, escrito em 1976, que não é o espírito, nem as condições matérias da existência quem governa a nossa conduta. Não, muito mais simples que isso: são os genes. Segundo o científico britânico, os gens se autoperpetuam através de nós, vivem em nosso corpo e logo sobrevivem em nossos filhos. Tudo muda, a realidade flui, como sustentava Heráclito, mas os genes permanecem iguais a si mesmo.


Se olharmos para o mundo, vemos um conjunto de pessoas que interatuam em um contexto determinado e com uma cultura específica. Pois, tudo é um puro engano porque essa construção social da realidade é produto de nosso código genético.
       
A ideia de Dawkins me deixa perplexo quando observo a tremenda diversidade dos seres humanos. Há criminais e há santos, há gente honrada e há corruptos, há crentes e há ateus, há castos e há viciados em sexo. Como se explica?
      
Na realidade, me inclino pela tese de Jean-Paul Sartre de que o homem está condenado a liberdade e por tanto, a criar a si mesmo. Sua capacidade de eleger faz ser responsável de seus atos.
       
Fui educado numa cultura católica, pelo qual cada pessoa tem que render contas dos feitos no Juízo Final diante de Deus. Não estaria mal que assim fosse, apesar que albergo muitas dúvidas sobre a existência do além. Mas que observo é que vivemos em uma sociedade marcada por um determinismo que nega a liberdade e por tanto, a responsabilidade dos indivíduos, que se escudam em qualquer pretexto para fugir das consequências de seus atos.
      
Se estende, especialmente a uma classe dirigente, política e econômica, que justifica seus erros por múltiplas causas abstratas, seja pela circunstância, a crise ou os interesses das instituições que administram, para não assumir jamais responsabilidades. Sendo mais detalhista, assistimos a grandes catastrofes como a chegada em massa de imigrantes do norte da África e Ásia e ninguém é responsável em dar uma solução ao problema. Pelo contrário, há países que constroem muros.
       
Tampouco ninguém assumiu a responsabilidade de ´crash´que explodiu em 2008 e que teve consequências devastadoras. Nem os governantes, nem os banqueiros, nem os organismos regulatórios admitiram alguma culpa. Ninguém pagou o desaforo que provocaram o resgate de entidades financeiras com o dinheiro público.
      
Tampouco ninguém se responsabilizou em nosso país pelas escandalosas revelações sobre a corrupção na Operação Lava Jato, que estava incluído nomes de políticos de vários partidos, onde mostra um sistema que se aproveita do poder para ficar rico pela falta ou insuficiência de controle. Tampouco Eduardo Cunha, do PMDB, assume responsabilidade pelas denúncias claras, com fundamentação jurídica, provas do seu enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Vemos até uma empresa como Volkswagen que busca escapulir da sua responsabilidade após ter enganado os seus clientes.
        
Será os nossos genes, como afirmava Richard Dawkins, ou a tirania do mercado ou a crise das instituições ou a incapacidade dos governantes, mas o certo é que vivemos em um mundo que desapareceu qualquer noção de responsabilidade individual.

Todos temos nossas justificações para não atuar ou jogar a culpa aos demais. No entanto, lá no fundo sabemos que poderíamos fazer muitas coisas para que o mundo fosse melhor. O nosso problema é que, a força de fechar os olhos, não vemos a onda da barbárie que se aproxima e que está pronto para arrasar as nossas vidas. Não há via de escape se não somos capazes de enfrentar os problemas e assumir que a solução reside em cada um de nós, seja onde estivermos. Apesar que é uma carga pesada, estamos condenados a ser livres.



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